Blog da Associação Trilhos d'Esplendor.

Download of PDFs (2 Volumes - Eds. 2014):

"Polunin - Flowers of South-West Europe - revisited" (Vol. I - Introdução - 371 pp.) (-> Polunin - Flowers of South-West Europe - revisited" -> View & Download (Vol. II - Portugal - 1559 pp.) -> View & Download

(contains Web links to Flora-On for observed plant species, Web links to high resolution Google satellite-maps (JPG) of plant-hunting regions from the Iberian peninsula; illustrated text in Portuguese language)



Pesquisar neste blogue

Flora da Serra da Boa Viagem - Folha de Cálculo - > 500 Taxa - > 5000 Fotografias, Scans e Chaves

Polunin - Flowers of South-West Europe - revisited - última compilação

Polunin - Flowers of South-West Europe - revisited (Volume I - Portugal) Download PDFs (>300MB)

domingo, 21 de outubro de 2012

Flowers of South-West Europe revisited (I.2.4a3.11 - A Península Ibérica)

“Flowers of South-West Europe - a field guide” - de Oleg Polunin e B.E. Smythies

“Revisitas” de regiões  esquecidas no tempo - “Plant Hunting Regions” - a partir de uma obra de grande valor para o especialista e amador de botânica como da Natureza em geral.

Por

Horst Engels, Cecilia Sousa, Luísa Diniz, Nicole Engels, José Saraiva

da

Associação “Trilhos d’Esplendor”

I .2   Relevo, Geologia, Clima e Vegetação da Península Ibérica

1.2 Relevo, Geologia, Clima e Vegetação da Península Ibérica

1.2.4a Vegetação - Comunidades de água doce e zonas húmidas

Comunidades de plantas mediterrânicas perenes

1. Florestas das planícies e das colinas .  Florestas de carvalhos perenes e de pinheiros.

2. Comunidades de matos.  Matorral e pseudo-estepes.

3. Florestas sub-montanas .  Florestas semi-caducifólias e caducifólias.

Comunidades Central Europeus e Atlânticos de plantas caducifólias

4. Florestas caducifólias .  Florestas de Quercus  e de Castanea.

5. Charnecas e prados.

Comunidades de plantas montanas,  sub-alpinas e alpinas

6. Florestas montanas.  Florestas de Faja , Pinus e Abies.

7. Comunidades sub-alpinas.  Prados, pastos e arbustivos..

8. Comunidades alpinas.

Comunidades marítimas e halófilos

9. Dunas, areias e pântanos.

10. Estepes

Comunidades de água doce e zonas húmidas

1.2.4a Vegetação - Comunidades de água doce e zonas húmidas

Polunin & Smythies  escrevem (p. 37):

Freshwater , wetland communities

Plant communities in these wetlands are surprisingly uniform throughout temperate Europe. The majority of species of pond, lake, marsh, bog, and river are very widespread and differ little over the greater part of Europe. As most of these freshwater wetland communities occur in the pluviose region of our area and as they have few species of special interest, a detailed summary of these communities will not be given in this volume.

Comunidades de plantas nestas zonas húmidas e pântanosas são surpreendentemente uniformes na Europa com climas temperadas. A maioria de espécies dos charcos, lagos, pântanos, pauls e ribeiras são muito comuns e não diferem muito nas áreas da Europa. Como a maioria destas comunidades de zonas húmidas de água doce ocorrem em regiões pluviósas e possuem poucas espécies de interesse especial, elas não são tratadas em extensão.

No entanto, a existência destes ecossistemas em determinados locais ou regiões, pode ser uma mais valia para a biodiversidade local destas regiões e por isso pode ter muito interesse na conservação.

Por exemplo, as Lagoas de Quiaios [1]  nas Dunas de Mira, Gândara e Gafanha [2]  em Portugal possuem espécies de plantas que são raras para Portugal. Ocorrem aqui Salix repens  ssp. argentea , Drosera intermedia  e D. rotundifolia , Hypericum elodes , Myrica gale  e Myrica faya,  para mencionar apenas algumas espécies:

Salix repens  ssp. argentea  (Lagoas de Quiaios, Portugal)

Salix repens  ssp. argentea  (Lagoas de Quiaios, Portugal)

Salix repens  ssp. argentea  (Lagoas de Quiaios, Portugal)

Salix repens  ssp. argentea  (Lagoas de Quiaios, Portugal)

Salix repens  ssp. argentea  (Lagoas de Quiaios, Portugal)

Drosera intermedia  (Lagoas de Quiaios, Portugal)

Hypericum elodes  (Lagoas de Quiaios, Portugal)

Hypericum elodes  (Lagoas de Quiaios, Portugal)

Myrica faya  (Lagoas de Quiaios, Portugal)

Myrica gale  (Lagoas de Quiaios, Portugal)

Veja à seguir: 2. Regiões (“Plant Hunting regions”)

Home (Index)


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Flowers of South-West Europe revisited (I.2.4a3.10 - A Península Ibérica)

“Flowers of South-West Europe - a field guide” - de Oleg Polunin e B.E. Smythies


“Revisitas” de regiões  esquecidas no tempo - “Plant Hunting Regions” - a partir de uma obra de grande valor para o especialista e amador de botânica como da Natureza em geral.


Por
Horst Engels, Cecilia Sousa, Luísa Diniz, Nicole Engels, José Saraiva
da
Associação “Trilhos d’Esplendor”


I.2 Relevo, Geologia, Clima e Vegetação da Península Ibérica


1.2 Relevo, Geologia, Clima e Vegetação da Península Ibérica



1.2.4a Vegetação - 10. Estepes




Comunidades de plantas mediterrânicas perenes
1. Florestas das planícies e das colinas. Florestas de carvalhos perenes e de pinheiros.
2. Comunidades de matos. Matorral e pseudo-estepes.
3. Florestas sub-montanas. Florestas semi-caducifólias e caducifólias.


Comunidades Central Europeus e Atlânticos de plantas caducifólias
4. Florestas caducifólias. Florestas de Quercus e de Castanea.


Comunidades de plantas montanas,  sub-alpinas e alpinas
6. Florestas montanas. Florestas de Faja, Pinus e Abies.
7. Comunidades sub-alpinas. Prados, pastos e arbustivos..


Comunidades marítimas e halófilos
10. Estepes


Comunidades de água doce e zonas húmidas



1.2.4a Vegetação - 10. Estepes



Polunin & Smythies escrevem (p. 36-37)


10. Steppes
These occur where rainfall is below 300 mm (12 inches), where there are five to seven months or more of drought, and over 200 days of sunshine in the year. Added to this, temperature ranges are extreme and both daily and seasonal fluctuations excessive; at the same time excess of evaporation over precipitation coupled with poor drainage results in soil with a high salt content. It is easy to see that these add up to some the most difficult conditions for plant life in any part of Europe. The steppes of the Iberian peninsula occupy an area nearly equal to that of Scotland, but the exact area is not always easy to define as there are gradual transitions to a sparse matorral. They have also been reduced by methods of temporary dry cultivation, while recently developed irrigation schemes have further restricted these otherwise unproductive areas. The four main steppe areas in Spain are in Murcia and Valencia; La Mancha, New Castile; Andalusia; and the Ebro basin. These steppes are surprisingly quite rich, and something like 200 species are restricted to this habitat. About one-third of these are North African steppe plants (most of which occur only in these Iberian steppes in Europe). About thirty per cent of all these plants are very short-lived annuals, which only grow after periods of rain and are able to flower and seed in a matter of a few weeks, but the majority of species are perennials and show special adaptations to the harsh environment. Succulence, woodiness, absence or early loss of leaves, cactus-like forms are common modifications, while many species roll up the margins of their leaves, or are covered with waxes, blooms, or scales, or are hairy, or excrete aromatic oils. The main types of steppe are salt steppes, grass (or esparto) steppes, and stony steppes; they are described in outline on pages 92-93. The steppes of the Ebro basin have a climate of extremes. In the summer the temperature may rise well above l00ºC, while in the winter the average of the coldest month is as low as -5ºC; there are very cold snaps during the spring, added to which frequent and very strong northwesterly winds occur, which bowl along the dead spiny bushes of Salsola. The grass steppes, as elsewhere, are dominated by tufts of the Albardine, Lygeum spartum, and the steppe grasses Stipa barbata, S. lagasca, and S. parviflora. Old dry cultivated areas are invaded by Salsola vermiculata, Eruca vesicaria, and Artemisia herba-alba which are usually grazed down to the ground, while fallow plants, largely members of the Poppy family, Papaveraceae, include Hypecoum imberbe, H. pendulum, Roemeria hybrida, Glaucium corniculatum, and Platycapnos spicata. Asphodelus fistulosus is abundant and brightens the steppe in spring, which is at other times of the year grey and monotonous. Around the villages, where the sheep are folded and the ground is enriched by their droppings, Peganum harmala, Sisymbrium irio and Raphanus raphanistrum subsp. landra, and the massive thistles Onopordum illyricum and Silybum eburnum occur commonly. In depressions, and around pools of brackish water are such succulent plants as Arthrocnemum glaucum, Suaeda brevifolia, Salsola vermiculata, Atriplex halimus, Limonium species, and the tall graceful shrub Tamarix africana. On gypsum soils, often of startling whiteness owing to the accumulation of calcium salts, the following are characteristic:




So barren is the region around Zaragoza that it is like a 'corner of Africa lost in Europe'. The La Mancha and Andalusia areas also show the three main types of steppes, grass, salt and stony, and are similar to those already described. ln addition, the dry valleys or ramblas of the New Castile steppes may be mentioned, where a small yellow-flowered shrub, Securinega buxifolia, occurs characteristically. Another feature of these arid areas is the abundance of tall and spectacular thistles lining the roadsides . They include species of Carlina, Carduus, Carthamus, Scolymus, and




Estepes ocorrem onde pluviosidade é abaixo de 300mm (12 inches), onde há 5 até 7 ou mais meses de seca e mais do que 200 dias de sol durante o ano. Em adição, amplitudes de temperatura são extremas e tanto flutuações diárias como sazonais excessivas; ao mesmo tempo um excesso de evaporação em relação à precipitação acoplado com drenagem fraca conduz a solos com um conteúdo de sal elevado. É fácil de compreender que estas condições somam para umas das mais difíceis de vida para plantas em qualquer parte da Europa.


As estepes da península Ibérica ocupam uma área quase igual a da Escócia, mas a área exacta não é sempre fácil de definir como existem transições graduais para um matorral escasso. Também têm ser reduzidas por métodos de cultivo seco temporário, enquanto recentemente métodos de irrigação têm ainda mais reduzidos estas áreas que em princípio são improdutivos. As áreas principais de estepes na Espanha são: Múrcia e Valencia; La Mancha e Castelha la Nòva; Andaluzia e a Bacia do rio Ebro.


Estas estepes são surpreendentemente ricas em espécies e cerca de 200 espécies estão restringidas à este habitat. Cerca um terço destas espécies são plantas provenientes das estepes da África do Norte (das quais a maioria ocorre apenas nestas estepes da Espanha em relação à Europa). Cerca de 30% de todas destas plantas são anuais e de curta duração de vida que crescem apenas após períodos de chuva capazes de florir e produzir sementes num espaço de poucas semanas, mas a maioria das espécies são perenes e possuem adaptações especiais ao ambiente duro em que vivem. Suculência, desenvolvimento de partes lenhosas, ausência ou quase ausência de folhas e formas parecidas com os cactos são modificações comuns, enquanto muitas espécies enrolem as margens das folhas ou são cobertas com ceras, (blooms), escamas ou pelos, ou segregam óleos aromáticos.


Os tipos principais de estepes são estepes salgadas, Esparto estepes, e estepes pedregosos.
As espepes do rio Ebro têm um clima extremo. No verão as temperaturas podem subir bem acima de 100ºC, enquanto no inverno a média do mês mais frio é tão baixa como -5ºC; existem frios inesperados durante a primavera em adição à ventos muito fortes do norte-oeste que rebolam os arbustivos mortos e espinhosos de Salsola.




As estepes de Esparto, como em outros sítios são dominadas por Lygeum spartum e as gramíneas das estepes Stipa barbata, Stipa lagascae e Stipa parviflora.


Lygeum spartum


Lygeum spartum


Lygeum spartum


Áreas secas de velho cultivo são invadidas por Salsola vermiculata, Eruca vesicaria e Artemisia herba-alba que normalmente são pastadas até às bases - enquanto plantas de terrenos em pousio, em grande parte da família dos Papaveraceae incluindo Hypecoum imberbe e Hypecoum pendulum, Roemeria hybrida, Glaucium corniculatum e Platycapnos spicata são abundantes e iluminam as estepes na primavera que nos outros tempos do ano apresentam-se cinzentas e monótonas.


Salsola vermiculata (Amaranthaceae)


Eruca vesicaria (Brassicaceae)
Hypecoum imperbe (Papaveraceae)


Hypecoum imperbe (Papaveraceae)


Roemeria hybrida (Papaveraceae)


Platycapnos spicata (Papaveraceae)


À volta das aldeias onda as ovelhas são criadas e onde o chão está estrumado pelos seus excrementos, Peganum harmala, Sisymbrium irio e Raphanus raphanistrum ssp. landra e o maciços cardos Onopordum illyricum e Silybum marianum são encontrados regularmente.


Silybum marianum


Silybum marianum (folhas)


Nas depressões e à volta de poços de águas salobras encontram-se plantas como Arthrocnemum glaucum, Sueda brevifolia, Salsola vermiculata, Atriplex halimus, Limonium spec. e o arbusto gracioso de Tamarix africana.


Tamarix africana (Nerja, Espanha)


Em solos de gesso, frequentemente de um brilho branco devido à acumulação de sais de cálcio, as seguintes espécies são características:

Herniaria fruticosa
Helianthemum squamatum
Gypsophila hispanica
Helianthemum lavandulifolium
Lepidium subulatum
Lithospermum fruticosum
Ononis tridentata
Thymus zygis


De tal forma desértica é a paisagem à volta de Zaragossa que ela parece um canto de África perdido na Europa.


As áreas de La Mancha e de Andaluzia também possuem os três tipos principais de estepes , Esparto, salgadas e pedra e são semelhantes às já descritas. Em adição à estes tipos podem ser mencionadas as estepes de Castelha-la-Nòva que se encontram em vales secos (ramblas), e onde um arbusto pequeno pertencente à família das Euphorbiaceae, Securinega buxifolia, ocorre sistematicamente.


Securinega tinctoria


Uma outra característica destas áreas áridas é a abundância de cardos altos e espectaculares ao longo das estradas. Nestes são incluídos espécies de Carlina, Carduus, Carthamus, Scolymus como:



Onopordum nervosum
Cirsium echinatum
Onopordum illyricum
Cirsium flavispina
Onopordum macracanthum
Cirsium acarna
Onopordum acanthium
Cirsium ferox
Cynara humilis
Centaurea ornata
Cynara cardunculus
Centaurea solstitialis
Scolymus hispanicus
Centaurea toletana
Carthamus arborescens
Carduus nigrescens


Carduus nigrescens (Zaragossa, Spain)


Willkomm descreveu pormenorizadamente as estepes da Península Ibérica na obra sobre “Die Strand- und Steppengebiete der iberischen Halbinsel..., 1852” - e também na sua obra “Grundzüge der Pflanzenverbreitung auf der iberischen Halbinsel “, (pp.71-77):


2. Steppenformationen. Auf den Tertiärablagerungen, welche in weiten Ausdehnungen das Ebro- und Guadalquivirbecken erfüllen und das alt- und neucastilische Tafelland, sowie die Plateaus der granadinischen Terrasse und von Murcia, das Gebiet des Seguraflusses und die Küstengegenden der Provinzen von Alicante, Murcia und Almeria zusammensetzen, breiten sich öde Steppengefilde aus, deren aus Kalk, Gyps, Mergel, Letten, Geschieben, Conglomeraten und Sand bestehender, der Dammerde fast gänzlich entbehrender Boden großenteils salzhaltig ist, mögen die Tertiärsedimente marinen oder lacustren Ursprungs sein. Die Oberfläche dieser Steppen erscheint nur selten vollkommen eben, häufiger wellig, ja wo Gyps, Kalk und Mergel vorherrschen, meist in zahllose niedrige Hügel zerschnitten. Und zwar bestehen die in allen Steppengebieten vorhandenen, stets kreideweissen Gypshügel aus erdigem Gyps, dem Stücke krystallisierten Frauenglas) in reicher Menge eingebettet zu sein pflegen. Der Salzgehalt des erdigen und Geschiebebodens ist oft so bedeutend, dass sich die Ränder der stellenweis häufigen Lachen, Teiche, selbst Seen, die insgesamt gesalzenes Wasser enthalten, im hohen Sommer infolge der Verdunstung mit breiten dicken blendend weißen Krusten krystallisierter oder efflorescierter Salze (Koch- und Glaubersalz, wohl auch Alaun) bedecken, ja sogar bei sehr starkem Salzgehalt die ganze Oberfläche des noch zurückbleibenden Wassers zu einer dicken Salzkruste erstarrt, wie dies z. B. bei der Laguna salada am Nordostabhange der granadinischen Terrasse vorkommt. Auch die meisten Bäche, welche solche salzhaltige Steppengefilde durchschneiden, führen gesalzenes Wasser (werden dann »salados« genannt) und bedecken sich deren Ränder im Sommer ebenfalls mit Salzkrusten. Nur bei den größeren und wasserreichen Flüssen (Ebro, Tajo, Guadalquivir u. a.), welche sich tiefe und oft breite, mitunter aber auch spaltenförmige Thäler durch den Steppenboden gewühlt haben, bleibt das Wasser süß und kann dasselbe daher zur Bewässerung der angrenzenden Fluren benutzt und der Boden für den Anbau fähig gemacht werden. Abgesehen von vereinzelten Quellen (nacimientos) und Brunnen giebt es in solchen Einöden kein Trinkwasser. An den Ufern der Lagunen und in den Flussthälern ist der Boden bisweilen sumpfig; auch kommen Sumpfstellen hin und wieder zwischen den Gyps- und Mergelhügeln vor. Auch solche Sümpfe pflegen salzhaltig zu sein.


In seinem Werke über die Strand- und Steppengebiete der iberischen Halbinsel hat der Verfasser 5 große und mehrere kleine Steppengebiete unterschieden und ausführlich beschrieben, worauf hier verwiesen werden muss, da der beschränkte Raum eine nochmalige eingehende Schilderung nicht erlaubt'). Seitdem sind noch andere Steppengebiete bekannt geworden. Die großen Steppengebiete sind: die iberische oder navarrisch-aragonesische, die centrale oder neucastilische, die litorale oder mediterrane, die granadinische oder hochandalusische und die bätische oder niederandalusische Steppe, die kleinen die catalonische, altcastilische und leonesische Steppe, die Steppen von Jaën, der Campiña von Cordoba (zu beiden Seiten des Flusses Guadajöz), von Cacin und Huelva und zwischen La Malá und Gavia la chica im Westen von Granada und die Steppengefilde von Adra und Dalias an der Küste von Granada, welche als die westlichsten Vorposten der Litoralsteppe betrachtet werden müssen. Die Lage dieser Steppengebiete ist aus der Karte II ersichtlich, ihr Umfang und folglich ihre Größe wegen Mangels an Beobachtungen noch nicht genau ermittelt.




Doch ist der Umfang der großen Steppengebiete bedeutender, als Verfasser in jenem Werke angegeben, indem derselbe damals den Begriff der Steppe lediglich auf die Salzsteppen beschränkt, nicht aber auch die (nicht oder wenig salzhaltigen) Grassteppen, die sich an den Rändern der neucastilischcn und litoralen Steppe (wohl auch innerhalb dieser Gebiete) ausbreiten, zu den Steppen mit einbezogen hat, was doch jedenfalls geschehen muss. Zu der iberischen, das obere und untere Ebrobassin größtenteils ausfüllenden Steppe, dem größten aller Steppengebiete, muss auch das Bassin der großen gesalzenen 1031 m hoch gelegenen Laguna de Gallocanta am iberischen Abhänge des neucastilischcn Tafellandes als ein vorgeschobener Posten gerechnet werden, da sich diese Steppe durch das Thal des Flusses Huerva an jenem Abhänge hoch emporzieht. Die iberische Steppe wird ihrer Länge nach vom Ebro durchschlängelt, dessen Thalmulde auf weite Strecken hin ebenso baumlos wie die Steppe selbst ist, besonders im SO. des Ebrobassin. Hier liegen auch — bei Bujaralóz — eine Anzahl salziger, als Salinen benutzter Teiche, in denen León Dufour Meerpflanzen (Zostera?) gesehen haben will. Leider ist diese Salzwüste botanisch noch gar nicht erforscht. Andere Salzteiche befinden sich bei Alcafñiz und Chiprana im südlichsten Teile des Steppengebietes. — Der unterste Lauf des Segre trennt die iberische Steppe von der ihrer Ausdehnung und Configuration nach noch wenig bekannten catalonischen, welche innerhalb der Provinz von Lérida gelegen aus mehreren zu beiden Seiten des Segrethales sich ausbreitenden Stücken, unter denen der dürre und salzige Canton la Segarra bei Lérida das bedeutendste sein dürfte, zu bestehen und sich nordostwärts über Balaguer, Pons und Solsona bis zu dem berühmten schon innerhalb der Provinz von Barcelona befindlichen Salzberg von Cardona hinzuziehen scheint. Der District von Lérida und Balaguer ist eins der beiden regenärmsten Gebiete (s. die Karte 1).




— Ebensowenig bekannt bezüglich seiner Ausdehnung, aber jedenfalls viel kleiner ist das altcastilische Steppengebiet. Seinen hauptsächlichsten Teil bildet eine salzhaltige Gyps-, Mergel- und Thonformation in der Nähe von Valladolid. Salzpflanzen kommen auch um Medina de Rioseco, Olmedo und Fontiveros vor. — Die neucastilische oder centrale Steppe, nächst der iberischen das größte Steppengebiet der Halbinsel, umfasst nicht allein das centrale Flachland Neucastiliens, sondern auch einen großen Teil des Plateau von Murcia oder der Provinz von Albacete, wo sie mit der Litoralsteppe zusammenhängt. Sie wird vom Tajo, den beiden Ouellflüssen des Guadiana, dem Giguela und Záncara und dem Júcar durchschnitten und birgt neben Hügelgeländen aus Gyps, Mergel und Thon weite, oft tiefgleiche Ebenen (die der unteren Mancha u. a.) in ihrem Schoße). Außer dem Mar de Ontigola genannten Salzteich bei Aranjuez und einigen Salados innerhalb der Gypshügelgelände enthält die centrale Steppe keine salzigen Gewässer. Ueberhaupt ist deren Boden weniger salzhaltig, als der der iberischen. — Die Litoralsteppe unterscheidet sich von allen übrigen Steppengebieten durch ihre Zerrissenheit und durch die Mannigfaltigkeit ihrer Oberflächengestaltung. Ihr Gebiet, ein buntes Durcheinander von unbeschreiblich fruchtbaren Flussthälern, Becken und Ebenen und von grauenhaft sterilen, dürren, der Vegetation streckenweis gänzlich entbehrenden Flächen, Hügelgeländen, Höhenzügen und völlig kahlen sehr felsigen Bergketten, erstreckt sich vom Plateau von Murcia (Albacete) südostwärts bis an die Meeresküste, welche es von Villajoyosa bis westwärts von Almeria, allerdings durch die hier mündenden Küstenflüsse vielmals unterbrochen, umsäumt. Durch das Thal des schließlich im Sande verlaufenden Rio Sangonera (weiter oben Rio de Velez Rubio genannt) streckt die Steppe einen Arm bis auf das Plateau von Maria, und durch das Thal des Rio de Almeria bis auf das von Fiñana hinauf. Der Boden ist stellenweise sehr salzhaltig, so namentlich in der nördlichen Abteilung, wo — sowohl im Innern des Beckens als in der Nähe der Küste — mehrere gesalzene Teiche oder Seen liegen, von denen manche als Salinen benutzt werden. Das ganze Gebiet, besonders aber der Küstenstrich ist sehr regenarm.
— Die granadinische Steppe erscheint, fast rings umgeben von hohen Gebirgsketten (gegen S. von der östlichen Hälfte der Sierra Nevada), als ein gewaltiges von O. nach W. gestrecktes Bassin. Sie zerfällt in die von den spaltenförmigen Thälern des Rio de Guadix und dessen 16 Zuflüssen tief durchfurchte Hochebene von Guadix und in die vom Rio Barbate und dessen Zuflüssen bewässerte eine tiefe, von einem niedrigen Gyps- und Mergelhügelland erfüllte Mulde darstellende Hoya de Baza, deren östlicher Teil, die Wüste von Jauca, sich zum Pass von Las Vertientes hinanzieht, während sie nordwestwärts mit dem sterilen ganz unbewohnten Plateau von Pozoalcón, nordwärts mit den öden Flächen des Plateau von Huescar verschmilzt. Da nur die Flussthäler bewohnt und angebaut sind, so erscheinen die weiten nackten, bald braunrot, bald kreideweiß gefärbten Flächen und Hügelgelände völlig unbewohnt, als dürre unwirtliche Einöden. Die Gyps- und Mergelformation ist auch hier sehr salzhaltig; ja nach Bory de St. Vincent soll es in der Hoya de Baza Salzteiche geben, die sich im hohen Sommer ebenfalls mit einer dicken Kruste aus krystallisiertem Salze bedecken. Auch besitzen hier alle in den Rio Barbate fallenden Bäche gesalzenes Wasser. Durch das ebenfalls von Gyps- und Mergelhügeln erfüllte Durchbruchsthal des Guadiana menor verbindet sich die granadinische Steppe mit der kleinen Steppe von Jaën, welche den zwischen der östlichen Gebirgskette von Jaën und dem oberen Guadalquivirlauf befindlichen Raum von der Mündung des Guadiana menor bis zu der des Flusses von Jaën einnimmt. Dieser Steppenstrich besteht ebenfalls aus Gyps- und Mergelhügeln und ist von 6 kleinen in den Gebirgen von Jaën entspringenden Zuflüssen des Guadalquivir durchschnitten, welche innerhalb der Steppe als Salados auftreten. — Die bätische Steppe dehnt sich im Centrum des niederandalusischen Tieflandes längs des Fußes des Nordwestabhanges der granadinischen Terrasse, nordwärts bis gegen Aguilar und Écija, südwärts bis gegen Estepa, Osuna und Marchena aus und wird durch den Lauf des Jenil in zwei ungleich große Hälften geschieden. Beide bergen in ihren unwirtlichen unbewohnten Einöden Salzseen, worunter die unweit Aguilar gelegene Laguna Zonar der größte (überhaupt eins der größten Binnengewässer Spaniens). Auch giebt es Salados. Die südliche Hälfte zieht sich südostwärts am Terrassenabhange bis zu der auf dem Plateau von Archidona befindlichen Laguna salada hinan. Die Configuration und die Bodenbeschaffenheit dieses Steppengebietes sind noch nicht genügend bekannt.
Trotz der grossen räumlichen Ausdehnung der Steppen ist deren Vegetation wegen der Sterilität des Bodens eine viel ärmere als die mit ihr verwandte der Strandgebiete, selbst dann, wenn man zu den eigentlichen Steppenpflanzen, d. h. denen, welche ausschließlich oder vorzugsweise auf Steppenboden gedeihen, auch jene hinzurechnet, welche überhaupt auf dürrem und unfruchtbarem Boden und daher auch außerhalb der Steppengebiete in Menge vorkommen. Die Gesamtzahl der eigentlichen bis jetzt bekannten gewordenen vascularen Steppenpflanzen der iberischen Halbinsel beträgt nur 302 Arten, wovon übrigens 78 auch in den Strandgebielen gefunden werden. Unter diesen 302 Arten befinden sich 126 endemische Arten, also verhältnismäßig bei weitem mehr als in der doppelt so artenreichen Strandflora (s. S. 70)., dem Vorkommen nach 170 Halophile, 117 auf dürrem sterilem, nicht gerade salzhaltigem Boden wachsende, 15 an anderen Oertlichkeiten (an Felsen, Ufern, und nicht salzigen Sumpfstellen u. a.) sich findende Arten. 28 Arten, von denen 8 zugleich als Strandpflanzen auftreten, sind allen Steppengebieten (wenigstens den größeren) gemeinsam ). Dagegen scheinen ausschließlich vorzukommen:


in der catalonischen Steppe
8
Arten, wovon
4
endem.
in der iberischen Steppe
27
Arten, wovon
8
endem.
in der altcastilischen Steppe
2
Arten, wovon
-
endem.
in der neucastihschen Steppe
36
Arten, wovon
20
endem.
in der Litoralsteppe
68
Arten, wovon
40
endem.
in der granadinischen Steppe
4
Arten, wovon
1
endem.


Die Übrigen 165 Arten sind über zwei oder mehrere Steppengebiete verbreitet. Bezüglich der Gesamtzahl der Arten der einzelnen Steppen besitzt



in der catalonischen Steppe
60
Arten, wovon
8
endem.,
11
Strandpfl.,
33
Halophyt.
in der iberischen Steppe
149
Arten, wovon
30
endem.,
47
Strandpfl.,
93
Halophyt.
in der altcastilischen Steppe
18
Arten, wovon
10
endem.,
2
Strandpfl.,
6
Halophyt.
in der neucastihschen Steppe
158
Arten, wovon
56
endem.,
40
Strandpfl.,
84
Halophyt.
in der Litoralsteppe
161
Arten, wovon
61
endem.,
30
Strandpfl.,
89
Halophyt.
in der granadinischen Steppe
65
Arten, wovon
18
endem.,
14
Strandpfl.,
35
Halophyt.
die Steppe von Jaën
11
Arten, wovon
1
endem.,
5
Strandpfl.,
7
Halophyt.



In den vier größten und am besten erforschten Steppengebieten, desgleichen in dem catalonischen, beträgt also die Zahl der Halophyten mehr als die Hälfte der Gesamtzahl der Arten, während der Prozentsatz der endemischen in der neucastilischen und der litoralen am größten ist. Bezüglich der bätischen Steppe liegen bis jetzt nur ganz spärliche Angaben über deren Vegetation vor, weshalb dieselbe bei der Schilderung der Verbreitung und Zusammensetzung der Formationen unbeachtet bleiben muss. Unter diesen treten in den Steppengebieten nur zwei ausgeprägte hervor, die Halophytenformation der Salzsteppen und die Espartoformation der Grassteppen. Letztere, in der das Espartogras (Stipa oder Macrochloa tenacissima) entschieden vorherrscht, macht einen viel einheitlicheren Eindruck als erstere, deren Arten sehr verschiedenen Familien angehören und deshalb auch einen sehr verschiedenen Habitus besitzen. Uebrigens wächst das Espartogras auch auf Salzboden, doch nicht in so großer Menge, wie in den eigentlichen Grassteppen, Diese Steppenform, deren Bodenoberfläche bald völlig eben, bald wellenförmig oder hügelig gestaltet ist, findet sich in größter Ausdehnung in den Gebieten der Litoral- und granadinischen Steppe, wo sie große Flächen einnimmt, so zwischen Totana und Alhama, im Campo de Cartagena (namentlich um Mazarron), im Campo de Nijar bei Almeria, in der Hoya de Baza (hier auf Gyps, besonders um Cullar de Baza), auf der Hochebene zwischen Maria und La Puebla u. a. O. Aber auch im Süden der neucastilischen Steppe, auf dem Plateau von Murcia sind große Flächen mit der Espartoformation bedeckt. Kleinere Grassteppen finden sich in der unteren Region der Provinzen von Alicante, Valencia und Castellón, besonders um S. Felipe de Játiva und Murviedro. Uebrigens ist das Espartogras durch alle Steppengebiete (mit Ausnahme der altcastilischen und der nördlichen Hälfte der iberischen) verbreitet, wie überhaupt durch fast die ganze südöstliche Hälfte der Halbinsel. Die Halophytenformation kommt natürlich nur auf Salzboden vor, ist aber, da dieser den bei weitem größten Teil der Steppengebiete bildet, weit verbreiteter als die Espartoformation, übrigens in den einzelnen Steppen und je nach deren Bodenbeschaffenheit sehr verschiedenartig zusammengesetzt. — Wie in den Strandzonen, so treten auch in den Steppengebieten, jedoch nur an Ufern von Flüssen, Wasserleitungen und Seen geschlossene Formationen (Röhrichte, Gesträuche, Gebüsche) auf, von denen später die Rede sein wird.



Anotações e Bibliografia


[1] Stipa tenacissima, originário da região irano-turaniana, também chamada ‘Esparto’ é cultivada e usada no artesanato e tem se naturalizada em grandes partes da Península Ibérica.
[8] Diese überaus sterilen und öden Ebenen, deren Boden vorherrschend eine braunrote Färbung besitzt, übrigens wenig salzhaltig ist, habe ich irrigerweise als von einer Buntsandsteinformation gebildet in meinem Steppenwerke (S. 84) beschrieben, während auch sie nur aus lacustren Tertiärsedimenten bestehen. Buntsandstein tritt erst am Südrande der Steppe auf.
[9] Die 28 allen Steppengebieten gemeinsamen Arten sind die folgenden : h Lygeum (+) Spartum Löfl., Macrochloa (+) tenacissima (L.) Kth., h Sphenopus (m) Gouani Trin., h (x) Salsola (m) vermiculata L. h [x] Suaeda [m] maritima Dum.,h (x) Atriplex [m] glauca L., Artemisia (+) Herba alba Asso, Onopordon nervosum Boiss., h (x) Zollikoferia (m) resedifolia Cass., h Teucrium gnaphalodes Vahl, Nonnea (m) alba DC., Convolvulus (m) lineatus L., h (x) Samolus Valerandi L., (x) Cynanchum [m] acutum L., h Herniaria (+) fruticosa L., Astragalus [m] narbonnensis Gou., h Ononis tridentata L., h (x) Peganum (m) Harmala L., h (x) Linum (m) maritimum L., h Malva (m) aegyptia L., Queria (m) hispanica L., h (x) Frankenia Reuteri Boiss., h Helianthemum (+) squamatum P., h Lepidium (m) latifolium L., h Lepid. (+) subulatum L., Sisymbrium crassifolium Cav., (x) Glaucium luteum L..
(Die mit (x) bezeichneten kommen gleichzeitig in den Strandzonen vor. Die mit (+) bezeichneten kommen zugleich in Nordafrika vor. Die mit (m) sind mediterrane, die mit Unterstrich gedruckten peninsulare (endemische) Arten.

Veja à seguir: 1.2.4a.3.11 Vegetação - 11. Comunidades de água doce e zonas húmidas







Submitir informação sobre uma espécie de plantas

Arquivo do blogue

Seguidores