“Flowers of South-West Europe - a field guide” - de Oleg Polunin e B.E. Smythies
“Revisitas” de regiões esquecidas no tempo - “Plant Hunting Regions” - a partir de uma obra de grande valor para o especialista e amador de botânica como da Natureza em geral.
Por
Horst Engels, Cecilia Sousa, Luísa Diniz, Nicole Engels, José Saraiva; Victor Rito
da
Associação “Trilhos d’Esplendor”
"(...) Mas foi Lagos, claro, a primordial e mais duradoura das minhas paixões. Tudo o que eu possa escrever sobre a fantástica beleza da cidade caiada de branco, com ruas habitadas por burros e polvos secando ao sol pregados aos muros, uma gente feita de dignidade e delicadeza, praias como nenhumas outras em lado algum do mundo, a terra vermelha, pintada de figueiras e alfarrobeiras, prolongando-se até às falésias que ficavam douradas ao pôr-do-sol, enquanto as traineiras passavam ao largo em direcção aos seus campos de pesca nocturnos, tudo isso parece hoje demasiadamente belo para que alguém possa simplesmente acreditar. Se eu contasse, diriam que menti - e eu próprio, olhando hoje Lagos, também acho que seguramente foi mentira. A partir de Lagos, fui descobrindo todo o barlavento algarvio, cuja luz é tão suave que parece suspensa, como se não fizesse parte do próprio ar. Descobri a solidão agreste de Sagres, onde se ia aos percebes ou apenas olhar o mar do Cabo de S. Vicente, na fortaleza, que era rude como o vento e o mar de Sagres, e hoje é uma casamata de betão que, ao que parece, se destina a homenagear a moderna arquitectura portuguesa. Descobri o charme antiquado da Praia da Rocha, onde se ia à noite ver as meninas de Portimão, ou o "souk" em cascata de Albufeira, onde se ia ver as inglesas e dançar no Sete e Meio. E descobri outras terras de pescadores e veraneantes, como Armação de Pêra ou Carvoeiro, praias de areia grossa e mar transparente como eu gosto, cigarras gritando de calor nas arribas, polvos tentando amedrontar-me quando os olhava debaixo de água. Não vale a pena contar. Quem teve a sorte de viver, sabe do que falo; quem não viveu, não consegue sequer imaginar. Porque esse Sul que chegava a parecer irreal de tão belo, esse litoral alentejano e algarvio, não é hoje mais do que uma paisagem vergonhosamente prostituída. Sim, sim, eu sei: o desenvolvimento, o turismo, a balança comercial, os legítimos anseios das populações locais, essa extraordinária conquista de Abril que é o poder local. Eu sei, escusam de me dizer outra vez, porque eu já conheço de cor todas as razões e justificações. Não impede: prostituíram tudo, sacrificaram tudo ao dinheiro, à ganância e à construção civil. E não era preciso tanto nem tão horrível. Podiam, de facto, ter escolhido ter menos turistas em vez de quererem albergar todos os selvagens da Europa, que nem sequer justificam em receitas os danos que em seu nome foram causados. Podiam ter construído com regras e planeamento e um mínimo de bom gosto. Podiam ter percebido que a qualidade de vida e a beleza daquelas terras garantiam trezentos anos de prosperidade, em vez de trinta de lucros a qualquer preço. E todos os anos, por esta altura, percorrendo estas terras que guardo na memória como a mais incurável das feridas, faço-me a mesma pergunta: Porquê? Porquê tanta devastação, tanto horror, tanta construção, tanta estupidez? Tanto prédio estilo-Brandoa, tanto guindaste, tanto barulho de obras eternas, tanta rotunda, tanta 'escultura' do primo do cunhado do presidente da câmara, e sempre as mesmas estradas, os mesmos (isto é, nenhuns) lugares de estacionamento, os mesmos (isto é, nenhuns) espaços verdes? Não, nem mesmo o mais incompetente dos autarcas pode olhar para aquilo e não entender a monumental obra de exaltação da estupidez humana que está à vista. Não, não é apenas incompetência, nem mau gosto levado ao extremo, nem simples estupidez. Em muitos e muitos casos a razão pela qual o litoral alentejano e o barlavento algarvio foram saqueados, sem pudor nem vergonha, tem apenas um nome: corrupção. Acuso essa exaltante conquista de Abril, que é o poder local, de ter destruído, por ganância dos seus eleitos, todo ou quase todo o litoral português. Acuso agora José Sócrates de não ter tido a coragem política de cumprir uma das promessas do seu programa eleitoral, que era a de progressivamente financiar as autarquias a partir do Orçamento do Estado, em exclusivo, deixando de lhes permitir financiarem-se também com as receitas locais do imobiliário - deste modo impedindo que quem mais construção autoriza, mais receitas tenha. Acuso o Governo de José Sócrates de ter feito pior ainda, inventando essa coisa nefasta dos projectos PIN (de interesse nacional!), ao abrigo dos quais é o Governo Central que vem autorizando megaconstruções que as próprias autarquias acham de mais. Acuso esta gente que só sabe governar para eleições, que não tem sequer amor algum à terra que os viu nascer, que enche a boca de palavrões tais como "preservação do ambiente" e "crescimento sustentado" e que não é mais do que baba nas suas bocas, de serem os piores inimigos que o país tem. Gente que não ama Portugal, que não respeita o que herdou, que não tem vergonha do que vai deixar. Eu sei que não serve de nada. Ando a escrever isto há trinta anos, em batalhas sucessivamente perdidas - ontem por uma praia, hoje por um rio, amanhã por uma lagoa. E lembro-me sempre da frase recente de um autarca algarvio contemplando a beleza ainda preservada da Ria de Alvor e sonhando com a sua urbanização: "A natureza também tem de nos dar alguma coisa em troca!". Está tudo dito e não adianta dizer mais nada. Acordo às oito da manhã destas férias algarvias, longamente suspiradas, com o ruído de chapas onduladas desabando, martelos industriais batendo no betão e um pequeno exército de romenos e ucranianos construindo mais um projecto PIN numa paisagem outrora oficialmente protegida. "É o progresso!", suspiro para mim mesmo, tentando em vão voltar a adormecer. Sim, o progresso cresce por todos os lados, sem tempo a perder, sem lugar para hesitações, como um susto. Tenho saudades, sim, dos sustos que os polvos me pregavam no silêncio do fundo do mar. E tenho saudades de muitas outras coisas, como o polvo do mar. Sim, eu sei: estou a ficar velho."
Texto de Miguel Sousa Tavares no Expresso de 26 de Julho de 2008 [1]
2.1 O Algarve
2.1. Algarve 2.1.1 The coastal zone (Litoral) 2.1.1.1 Barlavento (Ocidental) 2.1.1.1.1 Costa Vicentina 2.1.1.2 Centro 2.1.1.3 Sotavento (Oriental) 2.1.2 The limestone zone (Barrocal) 2.1.3 The Serras 2.1.3.1 Monchique 2.1.3.2 Malhão 2.1.3.3 Caldeirão |
2.1.1.2 O Centro (Litoral)
Amendoeiras em flor [2]
Eu conheci (Horst Engels) o Algarve em 1970, mais ou menos na altura quando o “ Polunin & Smythies ” foi concebido. Era estudante na Unversidade de Bona e estava no início de um estudo de biologia. Um colega da física tinha me convidado para visitar Portugal, país completamente desconhecido por mim nesta altura. E por acaso chegamos à praia de Olhos de Água, hoje considerada umas das praias mais belas da Europa, mas muito longe daquele que era na altura.
Olhas de Água era uma pequena aldeia de pescadores que tem nascentes de água doce na praia e no mar (olheiros - que deu o nome à aldeia), situado nas margens de um barranco - barranco típico da região em arenites brancos e vermelhos e com pinheiros mansos dispersos.
Olhos de Água em ?1975
Os barrancos nesta zona costeira do Algarve desaguam, sobretudo no Outono e na Primavera, as chuvas, às vezes torrenciais, para o mar e levam tudo consigo que se encontra no fundo do barranco. Por isso, fomos avisados de não ficar com a tenda ou caravana no barranco de Olhos de Água. A região era na altura ainda praticamente desconhecida pelos turistas estrangeiros - apenas os portugueses costumavam de passar as férias de verão aí. Mas na altura não havia problemas de encontrar um lugar mais seguro no “ Pinhal do Concelho ”, um pinhal maravilhoso de pinheiros mansos ( Pinus pinea ) do conselho de Albufeira, onde se podia fazer campismo à vontade. Hoje a panorámica desta aldeia e da região é completamente diferente, depois do turismo se ter instalado e ter transformado quase tudo. Fazer campismo no pinhal é impossível uma vez que todo o terreno foi loteado e transformado em aldeamentos com campos de golfo e hóteis, menos uma pequena faixa de ca de 50-200m de largura entre mar e pinhal, dissecada por barrancos onde a flora e fauna autóctona ou característica da região com elementos da flora atlántica e mediterrânica como Corema album , diferentes espécies de Cistus e Halimium e a única palmeira nativa da Europa, Chamaerops humilis , ainda conseguem permanecer num mosaico raro de comunidades.
O “Pinhal do Concelho” em 2013
Na imagem satélite é bem visível o que resta actualmente do Pinhal do Concelho de Albufeira, descrito em 1846 por Willkomm como um vasto e velhíssimo pinhal entre Faro e Albufeira. Até o “ Barranco do Bilharó” (no lado esquerdo da imagem e assim chamado por habitantes de Olhos de Água) onde abelharucos ( Merops apiaster ) nidificavam em 1970 nas falésias , encontra-se actualmente transformado num parque de estacionamento para automóveis. Lembro-me com saudades do maravilhoso cheiro à pinhas, cistáceas e ervas aromáticas - impossível de descrever, que havia no barranco nas partes da tarde. Sentia-se ao mesmo tempo uma paz e um siléncio quase absoluto apenas interrompido pelo estrídulo monótono das cigarras ou do barrulho de um bando de pegas-azuis ( Cyanopica cyana ). Tudo isso dava a impressão de encontrar-se num paraíso e num lugar separado deste mundo.
Polunin & Smythies escrevem em 1973 [3] :
Between the sotavento and the barlavento there are more extensive pine woods on Pliocene sands, extending from Faro towards Albufeira. The undergrowth here is colourful when in full bloom between February and April. White-flowering shrubs include * Cistus ladanifer , * C. libanotis , * C.salviifolius ; the many yellow-flowered species include * Halimium commutatum , Spartium junceum , * Genista hirsuta and G. triacanthos , * Stauracanthus boivinii, * Anagyris foetida and Tuberaria major † , endemic to south Portugal, * T. guttata , and T. bupleurifolia . Shades of blue and purple are contributed by * Cistus crispus , * Erica umbellata . * Anchusa calcarea, * Anagallis monelli , and * Lavandula stoechas subsp. lusitanica ; Calluna vulgaris is also abundant but flowers at the end of the year. The Tertiary and Quaternary deposits behind the sandy soils of the littoral are intensely cultivated in small plots and most of the native vegetation has long since disappeared. Driving through this area along the Vila Real-Faro road one gets the impression that every possible nook is lovingly and tidily cultivated.
Willkomm [4] descreveu a vegetação da zona costeira algarvia e do pinhal entre Faro e Albufeira em 1896 (Auszug aus: Fünftes Kapitel. Südatlantischer Bezirk. 290-291):
Die hauptsächlichsten spontanen Vegetationsformen der ganzen Küstenzone sind Pinienwälder, Haiden und Weidetriften. Der schönste und größte Pinienwald, der bis an den Strand herantritt, breitet sich zwischen Faro und Albufeira aus. Im Unterholz der Pinienwälder und in den »mattos« Algarbiens spielen die Genisteensträucher noch eine hervorragendere Rolle als im Barrocal und in der Serra und sind besonders die zahlreichen Ulexarten, unter denen mehrere rein portugiesische auftreten, für diese Küstenzone charakteristisch. Außer Spartium junceum , Calycotome villosa , Cytisus albicans und linifolius kommen dort vor: Genista scorpioidcs L., † triacanthus Brot, und hirsuta Vahl ß. (L) algarbiensis Brot., Ulex spartioides Webb nebst Var. Willkommii Webb, Webbianus Coss., (L) Vaillantii Webb, (L) Escayracii Webb, janthoclados Webb, (L) argenteus Webb und (L) erinaceus Webb, ferner Sarothamnus grandiflorus Webb. Im übrigen bestehen die Gebüsche aus Juniperus phoenicea , Ouercus coccifera , Pistacia Lentiscus , Cistus u. a. verbreiteten Immergrünsträuchern der Mediterranzone. Was die Gräser, Kräuter und Halbsträucher betrifft, so sind die sandliebenden am zahlreichsten und am meisten verbreitet, darunter die bemerkenswertesten: Corynephorus fasciculatis Boiss. Reut., Arrhenatherum † erianthum Boiss. Reut., Trisetum Dufourei Boiss., Carex glauca Scop. o. † serrulata Coss., Cyperus (so) distachyus All., Iris albicans Lge. (b. Faro), Leucojum † trichophyllum Brot., Orchis ** longicornu Poir. (beide in Piniengehölzen), Scilla * odorata und monophyllos (beide sehr verbreitet), Fritillaria lusitanica Wickstr. (um Faro), Rumex ** tingitanus L., (L) Inula revoluta Hffgg. Lk. (sehr verbreitet), Perideraea † aurea Wk., Pinardia † anisocephala Cass. (zwischen Castro-Marim und Villareal), Centaurea (L) lusitanica Boiss. Reut., ornata W. ß. microcephala Wk., Cichorium [so] spinosum Schousb., Picridium gaditanum Wk., Andryala ** tenuifolia L. y. arenaria DC, Thymus cephalotus L., tomentosus W., (L) capitellatus Hffgg. Lk., Ornithopus durus Cav., Ononis Picardi ß. grandiflora Coss. und Bourgaei Boiss. Reut., Lupinus ** Cosentini Guss. (alle drei um Faro), Euphorbia baetica Boiss., Arenaria conimbricensis und † emarginata Brot., (L) algarbiensis Welw., Silene † tridentata Desf., hirsuta Lag. und † micropetala Lag., Cistus Bourgaeanus Coss., Halimium † multiflorum Wk., umbellatum (L.) Sp. y. verticillatum Wk., Tuberaria globulariifolia y. major Wk., Cleome violacea L.
Auf sonnigen grasigen Kalkhügeln kommen vor: Ophrys Scolopax Cav., Serapias Lingua L. o. (L) leucoglottis Welw., Orchis ** longicruris Lk., Centaurea lusitanica Boiss. Reut, † eriophora L., Serratula baetica Boiss., Helminthia spinosa DC, Asperula † hirsuta Desf., Armeria (L) littoralis Hffgg. Lk. (bei Villanova de Portimäo), Thymus (L) algarbiensis Lge. und (L) albicans Hffgg. Lk., Lathyrus amphicarpus Brot., Dianthus Broteri Boiss. Reut, ct. brachyphyllus Wk., Iberis contracta P., Frankenia Boissieri Reut., Adonis ** dentata Del. ß. major Lge. — Auf Thon- und Mergelboden wachsen : (L) Bellevalia Hackelii Freyn (einzige Art dieser Gattung in Westeuropa!, Allium † subvillosum Salzm., Otocarpum † glabrum (Lag.) Wk., — auf bebautem Boden : Avena * longiglumis Dur. (um Faro), Calendula malacitana Boiss. Reut., Vicia vestita Boiss., Melilotus segetalis Ser., Euphorbia † medicaginea Boiss., Spergula arvensis L. ß. glutinosa Lge., — auf feuchten Triften , an sumpfigen Plätzen : Narcissus ** Tazetta L., Juncus † subulatus Forsk., † striatus Schousb., Trifolium isthmocarpum Brot., Euphorbia (L) androsaemifolia Schousb., Ranunculus adscendens ß. marginatus Freyn, — auf wüsten Plätzen, dürrem Boden : Bourgaea † humilis Coss., Carduus (L) meonanthus Hffgg. Lk., Kentrophyllum † baeticum Boiss., Thymus (L) Welwitschii Boiss., — an Felsen und auf Gerolle : (L) Calendula algarbiensis Boiss., Serratula pinnatifida Poir., Cynara (L) algarbiensis Coss. (b. Silves), Plantago acanthophylla Desne. ß. bracteosa Wk. (bei Albufeira), Sideritis arborescens Salzm. und angustifolia Lamk.
Chamaerops humilis
Corema album
Olhas de Água num postal antigo de 1975
Barranco na Praia da Falésia (Albufeira) - arenites do Plio- e Miocénico [5]
Praia da Falésia e Pinhal do Conselho (Albufeira) [6]
Observações sobre a préhistoria da região centro do litoral do Algarve
Rochas calcárias do Triássico e Jurássico (Mesozóico) dominam no Algarve. Mas entre Portimão e Faro encontra-se uma costa com arenites coloridos em vermelho, branco e amarelo/castanho do Plio- e/ou Miocénico (Cenozóico).
Antunes et. al. (1997) [7] [8] descrevem no âmbito de uma excursão geológica os arenites de Olhos de Água e indiquam os fósseis que foram aí encontrados:
OLHOS DE AGUA SANDS
In the area near Olhos de Agua, there is an outcrop of a thick sand series between the Sandstones with sand waves and the Faro-Quarteira Formation. The Olhos de Agua section have been described by ROMARIZ et at. (1980a) [9] [10] .
Nível geral onde se encontraram fósseis de Vertebrados do Miocénico/Pliocénico na Praia da Falésia, Olhos de Água [11]
The succession starts by alternating sandy and pelitic layers (flaser facies) overlain by cross-bedded brownish sands and followed by feldspathic, fluviatile white sands. Locally, the brownish sands outcrop in water-eroded gullies and are covered by red pelites. The latter are overlain either by white sands or by the Faro-Quarteira Formation (Quaternary). Over these white fluviatile sands there are beach sands and conglomerates with abraded remnants of aquatic Vertebrata (fish vertebrae and teeth, cetacean bones, Sirenian teeth and bones). The majority of the fishes are marine, often very large in size ( Carcharocles megalodon , Isurus hastalis , Odontaspis cf. taurus , Hemipristis serra , Carcharhinus sp. ).
Carcharocles megalodon [12]
The degree of abrasion of the vertebrate remnants suggests that they were rolled by waves in shallow, sandy bottoms at a beach. The Sirenians ( Metaxytherium medium ) point out to shallow seashore environments, rich in aquatic vegetation (algae, vascular plants). The presence of fish like Lates , also frequent in fresh water facies suggests (as well as the feldspathic sands) the existence of a large river whose mouth was quite close by. The presence of large crocodilians as Tomistoma cf. lusitanica corroborates these views and indicates sub-tropical conditions (ANTUNES, 1979; ANTUNES et al., J 981; 1990, 1992).
Above these levels there are sands rich in oysters and scarce pectinids - including the rare Paliollum ( Lissochlamys ) excisum . Mollusks indicate estuarine, even brackish environments.
Paliollum ( Lissochlamys ) excisum .
Vertebrata are compatible with a post-Langhian age; they are certainly pre-Pliocene and they may correspond to the Serravallian or to the Tortonian. The mollusks are not chronologically characteristic. However, Paliollum (Lissochlamys) excisum is known both in Upper Miocene and Pliocene (DEMARCQ, 1979) (it is common in Upper Pliocene in western Portugal). 87Sr/86Sr age obtained from oysters give 3.0(+2.5-1.0). However this value has to be taken cautiously since it corresponds to a brackish environment, with broad errors
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Secção de Olhos de Água (2000) [13]
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Estratigrafia do Neogénico no Algarve (1979) [14] [15]
E para finalizar esta pequena excursão ao Centro Litoral e à Praia de Olhos de Água e da Falésia entre Olhos de Água e Vilamoura, uma amostragem da FLORA-ON de plantas vasculares que se encontram nos arredores de Olhos de Água, mais especificamente na quadrícula UTM NB70 :
Algarve (from Polunin & Smythies 1987)
Algarve (from Polunin & Smythies 1987)
Veja à seguir: 2.1.1.1 Sotavento (Ocidental)
[4] WILLKOMM, M. (1896) - Grundzuege der Pflanzenverbreitung auf der iberischen Halbinsel . In Sammlung von Engler, A. und Drud, O.: Die Vegetation der Erde . Engelmann. Leipzig
[5] Foto tirada em ?1982
[6] Foto tirada em ?1982
[7] EXCURSION 2 (PORTUGUESE PART) THE NEOGENE OF ALGARVE M. Telles ANTUNES, H. ELDERFIELD, P. LEGOINHA & J. PAIS
[11] Romariz, C., M. O. Silva, C. Almeida, R. Baptista eJ. Cabral (1979)
[13] Pages from CT_14_277_288
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