“Revisitas” de regiões esquecidas no tempo - “Plant Hunting Regions” - a partir de uma obra de grande valor para o especialista e amador de botânica como da Natureza em geral.
Por
Horst Engels, Cecilia Sousa, Luísa Diniz, Nicole Engels, José Saraiva
da
Associação “Trilhos d’Esplendor”
I .2 Relevo, Geologia, Clima e Vegetação da Península Ibérica
1.2 Relevo, Geologia, Clima e Vegetação da Península Ibérica
1.2.1d Relevo e Geologia - as depressões
Polunin & Smythies
escrevem (p. 7-8):
The depressions
Four large depressions occur in our area, where subsidence has taken place against the hardcore of the ancient rocks during the alpine upheaval. They are flooded with Tertiary deposits a nd form low plains. In the west are the Tague and Guadalquivir depressions drained by the rivers of the same name, where flat usually fertile alluvial land runs deep into the heart of the peninsula. The Tagus depression is relatively unimportant as far as plant life is concerned, but it does tend to form a dividing line between a vegetation which is predominantly Mediterranean to the south, and one containing a greater proportion of central European and Atlantic species to the north. The Guadalquivir depression is more important. It extends about 320 km inland, and is composed mainly of Miocene and Pliocene marine deposits of mar! and limestone. To the north is the eroded edge of the crystalline massif and the Sierra Morena, while to the south are more recent deposits, some washed down probably from the Sierra Nevada. In places, fertile
terra rossa
occurs as a result of limestone weathering, and with the proximity of the Atlantic moisture, provides rich, well cultivated soils. Elsewhere on siliceous and gypsum soils
badland landscapes
occur. At the seaward end of the depression lie the
marismas.
These extensive low-lying marshlands, fringed by sand dunes along the coast, give a very distinctive character to south-west Spain. The Ebro depression, in the east of Spain, is another special feature of the peninsula. It lies south of the Pyrenees, is roughly the same length as the Guadalquivir depression, and is a great hollow, once a lake cut off from the sea by the Catalan hills. The Ebro river long since cut itself a narrow channel through the coastal hills to reach the sea, and the lake dried up, leaving the most extensive
steppe area
in Spain. It is a flat, monotonous country, and because of the very low rainfall and high salinity, much of it is still uncultivated. The Ebro river and its tributaries have cut deeply into the sedimentary rocks, dissecting the plain into barren isolated
tablelands
reminiscent of the meseta. The Garonne depression, the country of Aquitaine, is once again quite different. 'The shadow of the sea seems to dominate the whole of Aquitaine and the breath of the ocean permeates every quarter of the land.' It is also a low monotonous country with none of the brilliance of light of the Mediterranean, but a country with great fertility. Humidity is high, and the great rivers draining largely into the Garonne bring down enormous quantities of water from both the Pyrenean heights to the south and the Massif Central to the east. At the same time alluvium and other debris brought down from the Pyrenees have spread over the plain of Aquitaine, bringing further uniformity to the landscape. Along the seaward side of the depression is the sandy coast of the Landes, stretching 300 km or more. This is an infertile area of acid soils, with shallow lakes, dunes and marshes, and extensive pine woods and heaths. But inland
the south-west of France is a region of rich and varied cultivation, and a surprising number of crops have been grown at different times. Thanks to its transitional position between temperate and warm temperate latitudes it will grow cereals, fruits and vegetables of many kinds, and its agriculture has been called polyculture. . . It specialises in dye-crops-saffron and woad. Contacts with the New World brought maize, tobacco, beans and later tomatoes. Of its many fruits the vine and the plum are of ancient repute.
“
Polunin & Smythies
” distinguem
4 grandes depressões
na área de estudo: as depressões do
Tejo/Sado
, do
Guadalquivir
; do
Ebro
e do Rio
Garona
. No entanto, pode incluir-se ainda a bacia do Douro que está em ligação com a bacia do Ebro como quinta depressão (vejo gráfico a seguir).
Todas as depressões da Península Ibérica e a do Garona têm origem por
subsidência
durante o tempo da orogenese alpina. Estas depressões ou bacias encheram-se a seguir com depósitos do Terciário e das planícias baixas.
No oeste são as depressões do
Tejo
e
Guadalquivir
que são drenadas pelos rios do mesmo nome e onde terrenos aluviais férteis estendem-se muito por interior da península. No entanto, a depressão do Tejo não tem tanto interesse botânico, mas forma sempre uma barreira entre a vegetação predominantemente mediterrânica no Sul e a do Norte com maiores proporções de elementos florísticos atlânticos e europeus.
A
depressão do Guadalquivir
tem mais importância em relação à flora ibérica.
Ela estende-se cerca de 320km no interior e é composta em maioria por depósitos marinhos de margas e calcários do Miocénico e Pliocénico. Na parte de norte seguem os limites erodidos do maciço cristalino e da Serra Morena, enquanto no limite sul se encontram depósitos mais recentes, algumas provavelmente provenientes da Serra Nevada. Em certos sítios encontra-se
terra rossa
como resultado de descomposição de calcário ao longo do tempo, e na proximidade de humidade atlântico, fornece solos ricos e bem cultivados.
Em outros sítios com solos ricos em silício e gesso aparecem as paisagens das terras baldias, os ‘
badlands
’.
Perto do mar encontram-se as ‘
Marismas del Guadalquivir
’, áreas pantanosas, franjadas com
dunas
de areia, sobretudo na parte costeira que atribuem um carácter muito especial ao sul-oeste da Espanha.
Holocene morphosedimentary features in the Guadalquivir estuary (Doñana marshlands).
[1]
Marismas do Guadalquivir
Marismas do Guadalquivir
Dunas no Coto Doñana, Guadalquivir
Dunas no Coto Doñana, Guadalquivir
Fractais
naturais nas marismas do Guadalquivir
A
depressão do Ebro
, no leste da Espanha, é outra característica da Península Ibérica.
Situa-se por sul dos Pirenéus e tem aproximadamente o mesmo comprimento como a depressão do Guadalquivir. É uma grande depressão que antes formou um lago separado do mar pela cadeia catalã.
O rio Ebro cortou um canal estreito por esta cadeia montanhosa para chegar ao oceano e consequentemente o lago da bacia do Ebro secou. Agora esta bacia forma uma paisagem plana, monótono e seca e devido à chuva extremamente escassa e à salinidade do sol, uma paisagem largamente não cultivada. O rio Ebro e os seus afluentes cortaram profundamente nas rochas sedimentares e deixaram uma dissecada planície com estéreis e isolados
planaltos
(tablelands) parecidas com aquelas da meseta.
A
depressão do Rio Garona
, o pais de
Aquitânia
, é novamente uma paisagem muito diferente.
‘A sombra do oceano parece dominar toda Aquitânia e a sua respiração infiltra-se em qualquer canto da paisagem’. É assim que se lê em linguagem mais poética a influencia do Atlântico sobre esta paisagem. mas também é conhecida como uma paisagem monótona que não tem esta luz brilhante do Mediterrânico, no entanto um pais com grande fertilidade agrícola. A humidade é alta e os grandes rios que drenam para o rio Garona trazem enormes quantidade de água dos Pirenéus no sul e do Maciço Central no leste.
Ao mesmo tempo aluvião e débris trazido dos Pirenéus distribuiram-se sobre as planícies. uniformizando a paisagem ainda mais. Ao longo da costa dos Atlântico encontra-se uma costa arenosa que passa pelo departamento de
Landes
, que se estende 300km ou mais. Esta é uma área infértil de solos ácidos, com lagos baixos, dunas e pântanos e extensiva florestação de pinheiros e presença de charnecas.
Les Landes - zona costeira de Aquitânia
No interior
...the south west of France is a region of rich and varied cultivation, and a surprising number of cops have been grown at different times. Thanks to its transitional position between temperate and warm temperate latitudes it will grow cereals, fruits and vegetables of many kinds, and its agriculture has been called polyculture... It specialises in dye-crops-saffron and woad. Contacts with the new World brought maize, tobacco, beans and later tomatoes. Of its many fruits the vine and the plum are ancient repute
.
[3]
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