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"Polunin - Flowers of South-West Europe - revisited" (Vol. I - Introdução - 371 pp.) (-> Polunin - Flowers of South-West Europe - revisited" -> View & Download (Vol. II - Portugal - 1559 pp.) -> View & Download

(contains Web links to Flora-On for observed plant species, Web links to high resolution Google satellite-maps (JPG) of plant-hunting regions from the Iberian peninsula; illustrated text in Portuguese language)



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Polunin - Flowers of South-West Europe - revisited - última compilação

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sábado, 27 de dezembro de 2008

Smilax aspera

Smilax aspera


Smilax aspera da família de Liliaceae é uma trepadeira que se encontra nas encostas da Serra da Boaviagem predominantemente no carrascal. Quem já andou passear nas matas mediterrânicas sabe que Smilax aspera é a trepadeira que tanto dificulta penetrar as matas do carrascal e do maquis. É uma espécie entre ca de 300-350 espécies do género Smilax que se encontram nos trópicos e subtrópicos ao nível mundial.

Smilax aspera
encontra-se no matagal mediterrânico mas também nas dunas fixas mediterrânicas, nas sabinas-das-praias (Juniperus turbinata - habitat 2250). Nestas comunidades nanofanerofíticas são comuns Rubia peregrina, Antirrhinum cirrhigerum, Asparagus aphyllus, Rhamnus alaternus, Pistacia lentiscus, Smilax aspera, Daphne gnidum, Phillyrea angustifolia, Cistus salvifolius, etc.

Na Espanha a salsaparrilha (Smilax aspera) dá nome a uma bebida refrescante muito parecida com a Coca Cola, o extrato de suas raízes é indicada como diurético, auxiliar no tratamento do reumatismo, gota, dermatose e psoríase.


Alguns locais de presença da espécie na Serra da Boaviagem...




Identificação no"Coutinho" e na Flora Iberica...





domingo, 21 de dezembro de 2008

Myrtus communis

Myrtus communis


From Wikipédia:

Murta (Myrtus L.) é um género botânico que compreende uma ou duas espécies de plantas com flor, da família das Myrtaceae, nativo do sudoeste da Europa e do Norte de África.

São plantas arbustivas ou arborescentes, com muitos ramos, de folha persistente, que podem crescer até 5 m de altura. As suas folhas, coriáceas e verde-escuras, medem 3 a 5 cm de comprimento e cerca de 1,5 cm de largura, com um cheiro geralmente considerado agradável quando esmagadas devido ao seu óleo essencial disposto por diversas pontuações ao longo do limbo. As folhas são inteiras, ovado-lanceoladas, agudas, em filotaxia oposta-cruzada ou decussada (o par de folhas superior encontra-se em situação cruzada com o inferior, e cada par encontra-se disposto ao mesmo nível, pecíolo contra pecíolo). As flores, geralmente brancas (podem ter também uma coloração rosada), têm cinco pétalas e um número elevado de estames. O fruto é uma pseudobaga carnuda, elipsóide, azul-escura ou negra, contendo várias sementes. A polinização é feita por insectos e a dispersão das sementes é efectuada por pássaros que se alimentam das bagas.

O seu habitat preferencial é xerofílico (seco) e em solos sem calcário.


Myrtus communis encontra-se nas encostas da Serra da Boaviagem.


Murta com as pseudobagas carregadas de sementes:



A murta-comum, também designada como mirta, mirto, murta-cheirosa, murta-cultivada, murta-das-noivas, murta-do-jardim, murta-verdadeira, murteira, murtinheira, murtinheiro, murtinho, murtinhos e murto, está vastamente distribuída pela região mediterrânica, sendo muito cultivada por todo o mundo. Nos Açores é ainda designada como murtão. A subespécie Myrtus communis tarentina, Lineu, é designada como murta-dos-jardinsmurta-das-folhas-pequenas, sendo apreciada pela sua copa arredondada, folhagem densa e flores aromáticas. Outra espécie, conhecida como murta do Sara (Myrtus nivellei), tem a sua área de distribuição restrita às montanhas de Tassili n'Ajjer, na Argélia meridional, e nos Montes Tibesti no Chade, onde ocorre em pequenas áreas de bosques vestigiais, perto do centro do Deserto do Sara e é considerada uma espécie em perigo de extinção. Contudo, alguns botânicos não a consideram suficientemente distinta da Myrtus communis para constituir uma espécie à parte. 


Usos e simbolismo

Na mitologia grega, a murta era consagrada a Afrodite. O mesmo aconteceria na mitologia romana, em que Vénus recebia o título de Murcia, que a relaciona a esta planta. De facto, desde a antiguidade que esta espécie está relacionada com rituais e cerimónias solenes - já os Gregos a utilizavam para adornar as noivas com grinaldas, como ainda por vezes acontece hoje em dia, existindo também referências no Antigo Testamento a este modo de adornar as noivas. A madeira de murta era ainda usada para incensar cerimónias religiosas na Grécia Antiga.

São cultivadas ainda por causa do seu óleo essencial, usado em perfumaria e mesmo como condimento. São utilizadas também como plantas ornamentais e na prática do xeriscaping (conservação da humidade), valorizando-se a sua capacidade de tolerância às altas temperaturas e verões secos. A sua madeira é bastante apreciada na criação de artefactos, usando tornos mecânicos. As raízes e a casca são utilizadas na extracção de tanino. Tem sido considerada como planta medicinal por diversas práticas de medicina tradicional. 

Nas ilhas da Sardenha e Córsega produz-se um licor digestivo, chamado mirto, macerando bagas de murta em álcool; ao licor atribuem-se virtudes curativas de doenças da boca e sistema digestivo. Das folhas e flores destiladas faz-se uma água usada como cosmético, chamada água-de-anjo. Usam-se também ramos e folhas de murta no lulav, durante a festividade judaica do Sucot



 



Algumas localidades de presença da espécie na Serra da Boaviagem

 

Identificação no "Coutinho"


...Identificação na Flora Iberica:

 


Algumas fotografias da espécie na Serra da Boaviagem:







sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Quercus coccifera

Quercus coccifera

O carrasco (Quercus coccifera) é um arbusto de folha persistente e verde o ano inteiro. Atinge, no máximo, 2 metros de altura, ainda que, muitas vezes, possam se transformar em uma pequena árvore de 4 ou 5 metros. Pode se ramificar abundantemente desde a base, de forma que as ramas, de súber liso, se entrelaçam freqüentemente, tornando-o impenetrável.

As flores masculinas são muito pequenas, pouco aparentes, com um envoltório acopado dividida em 4, 5 ou 6 gomos e um número variável de androceus (4 a 10); agrupam-se em espigas curtas, de cor amarelada, delgadas, que se penduram em grupos. As femininas nascem na mesma planta, solitárias ou agrupadas com duas ou três. O fruto é uma bolota, de só uma semente, separável em duas metades (cotiledôenas) longitudinalmente.


O carrasco é uma planta típica do matagal mediterrânico. Na orla litoral o carrasco atinge quase o seu limite norte de distribuição na Serra da Boaviagem. Dentro dos habitats indicados no Plano Sectorial 2000 para as Dunas da Gandara, Mira e Gafanhas, são os habitats 5230 e 5330 onde se encontra predominantemente o carrasco (Quercus coccifera).





Distribuição de Quercus coccifera em Portugal  (Flora Digital de Portugal)





...extraído da
Flora Iberica:





1 Quercis coccifera; 2 Quercus ilex; 3 Quercus suber; 4 Quercus cerris



Algumas fotografias de Quercus coccifera tiradas na Praia de Quiaios:








quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Quercus faginea

Quercus faginea

O Carvalho-português, também conhecido como Carvalho-cerquinho, é uma espécie do género Quercus. Estes carvalhos são árvores de folha caduca ou, mais concretamente, árvores de folha marcescente (folha que seca sem desprender do eixo, caindo tardiamente), com porte mediano, muito ramificado, como copa ampla, folhas dentadas na margem e mais claras na página inferior e com a glande (bolota) sem pedúnculo.

Vários nomes científicos têm sido atribuídos ao Carvalho-português em diversos estudos botânicos, mas o mais consagrado designa-o como uma subespécie de Quercus faginea - Quercus faginea Lam. ssp. broteroi, de entre as três subespécies consideradas na Península Ibérica (as outras duas são Quercus faginea Lam. ssp. faginea e Quercus faginea Lam. ssp. alpestris).

Em trabalhos mais antigos, o Carvalho-português chegou a ser considerado como Quercus lusitanica, conjuntamente com a Carvalhiça (actualmente o Quercus lusitanica), mas Lamarck já tinha designado o Carvalho-português como uma espécie distinta da Carvalhiça, de onde surgiu o nome Quercus faginea.

OCORRÊNCIA

Ocorre em Portugal, Espanha e Norte de África. No nosso País é mais comum no Centro e Sul. Em Portugal esta espécie sofreu um grande declínio no século XX, ocorrendo sobretudo em pequenas manchas isoladas.


Na Serra da Boaviagem encontram-se espécies do género Quercus com folhagem persistente (espécies perenes), Quercus coccifera, e uma ou várias espécies caducifólias (espécies caducas), Quercus faginea ssp. broteroi e possivelmente ?Quercus lusitanica  e ?Quercus canariensis. Quercus coccifera encontra-se predominantemente nas encostas da Serra da Boaviagem. Quercus faginea occorre sobretudo nas encostas, mas também nas dunas arborizadas.


Algumas localidades de presença da espécie Quercus faginea ssp.broteroi na Serra da Boaviagem



...extraído da Flora Iberica:








10 Quercus faginea



9 Quercus canariensis

Quercus lusitanica



Algumas fotografias tiradas na Praia de Quiaios:






...blotas do Quercus faginea


... alterações morfológicas em Quercus devido à himenópteros da família Cynipidae





Trabalhos muito interessantes sobre a ficha e a distribuição do carvalho português encontram-se no site Naturlink :








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