“Revisitas” de regiões esquecidas no tempo - “Plant Hunting Regions” - a partir de uma obra de grande valor para o especialista e amador de botânica como da Natureza em geral.
Por
Horst Engels, Cecilia Sousa, Luísa Diniz, Nicole Engels, José Saraiva, Victor Rito
da
Associação “Trilhos d’Esplendor”
A Arrábida
de Alexandre Herculano
Salve, ó vale do sul, saudoso e belo!
Salve, ó pátria da paz, deserto santo,
Onde não ruge a grande voz das turbas!
Solo sagrado a Deus, pudesse ao mundo
O poeta fugir, cingir-se ao ermo,
Qual ao freixo robusto a frágil hera,
E a romagem do túmulo cumprindo,
Só conhecer, ao despertar na morte,
Essa vida sem mal, sem dor, sem termo,
Que íntima voz contínuo nos promete
No trânsito chamado o viver do homem.
II
Suspira o vento no álamo frondoso;
As aves soltam matutino canto;
Late o lebréu na encosta, e o mar sussurra
Dos alcantis na base carcomida:
Eis o ruído de ermo! Ao longe o negro,
Insondado oceano, e o céu cerúleo
Se abraçam no horizonte. Imensa imagem
Da eternidade e do infinito, salve!
III
Oh, como surge majestosa e bela,
Com viço da criação, a natureza
No solitário vale! E o leve insecto
E a relva e os matos e a fragrância pura
Das boninas da encosta estão contando
Mil saudades de Deus, que os há lançado,
Com mão profusa, no regaço ameno
Da solidão, onde se esconde o justo.
E lá campeiam no alto das montanhas
Os escalvados píncaros, severos,
Quais guardadores de um lugar que é santo;
Atalaias que ao longe o mundo observam,
Cerrando até o mar o último abrigo
Da crença viva, da oração piedosa,
Que se ergue a Deus de lábios inocentes.
Sobre esta cena o sol verte em torrentes
Da manhã o fulgor; a brisa esvai-se
Pelos rosmaninhais, e inclina os topos
Do zimbro e alecrineiro, ao rés sentados
Desses tronos de fragas sobrepostas,
Que alpestres matas de medronhos vestem;
O rocio da noite à branca rosa
No seio derramou frescor suave,
E inda existência lhe dará um dia.
Formoso ermo do sul, outra vez, salve!
…..
2.2 A Arrábida
2.2 Arrábida
2.2.1 Geologia e Geomorfologia
2.2.2 Flora e Vegetação
|
2.2 Arrábida
Começamos no
Algarve
a nossa ‘
revisita
’ das regiões florísticas (“plant hunting regions”) da Península Ibérica descritas em 1973 na “
Flowers of South-West Europe - a field guide
” de
Polunin & Smythies
. À seguir passamos pelo
Alentejo
e agora chegamos à Serra de Arrábida situada à leste de Setubal na Península de Setubal e por sul de Lisboa.
A Serra da Arrábida é mundialmente conhecida pela riqueza e singularidade florística que possui. Assim
Polunin & Smythies
dedicam naturalmente também um capítulo à flora desta região. Mas o primeiro levantamento florístico exhaustivo desta Serra foi já feito por
Alphonse Luisier
[1]
no “
Catalogo das plantas vasculares dos arredores de Setubal e da serra d' Arrabida
” publicado em 1902 no
Boletim da Sociedade Broteriana
[2]
.
Mas também a riqueza marinha foi recentemente reconhecida, e foi atribuido à região o estato de Parque Natural da Serra da Arrábida, incluindo uma reserva marinha. O
Parque Natural da Arrábida
é uma reserva biogenética situada na
Serra da Arrábida
, no distrito de
Setúbal
, em
Portugal
.
O Parque Natural da Arrábida foi criado pelo
Decreto-Lei n.º 622/76
, de 28 de Julho, com uma área aproximada de 10 800 hectares, protegendo a vegetação
maquis
de tipo
mediterrânico
nascida deste
microclima
com semelhanças com regiões
Adriáticas
, como a
Dalmácia
.
A fauna é bastante diversificada, apesar de ter sofrido grandes alterações desde o século XIX. Até ao início do século XX era ainda possível observar lobos, javalis e veados.
O
Parque Natural
está integrado em redes internacionais de conservação.
Todo o seu território está classificado como Sítio de Especial Interesse para a Conservação da Natureza -
Biótopo
CORINE
.
Inclui várias áreas de Reserva Integral, como a Mata do Solitário, a Mata do Vidal e a Mata Coberta.
O
Parque Marinho Prof. Luiz Saldanha
é a área de reserva marinha do Parque Natural da Arrábida. Estabelecido em
1976
, contempla cerca de 53
km²
correspondentes aos 38 km de costa entre a praia da Figueirinha e o
Cabo Espichel
. É uma área com uma riqueza natural única a nível nacional e europeu, onde se encontram mais de 1000 espécies de animais e plantas marinhas, que já nos finais do século XIX suscitou o interesse do Rei
D. Carlos
, entre outros naturalistas e universidades.
Geologia e Geomorfologia
Alem do clima é sem dúvida o solo um dos factores dominantes para a constituição da vegetação de uma região.
Por isso mencionamos aqui uns trabalhos para poder conhecer melhor a geologia e geomorfologia da Península de Setubal e da Serra da Arrábida em especial.
Em primeiro lugar gostavamos de mencionar o trabalho de
Maria Leonor Costa Ramalho
sobre “
A Geologia no Ensino Scundário: a utilização dos princípios fundamentais de Estratigrafia
”
[3]
que exemplifica pela descrição da Serra da Arrábida e Península de Setubal, do Parque Natural de Sintra-Cascais, do Parque Natural do SW Alentejano e Costa Vicentina e do Cabo Mondego os conceitos e princípios fundamentais de Estratigrafia e na sua aplicabilidade no estudo de afloramentos do campo. Estes conhecimentos são de grande importância para estudos florísticos e fitossociológicos e permitem classificar as regiões em relação a vegetação potencial ou climax.
Apresentamos aqui um extrato do
Enquadramento geológico regional da Península
de Setubal
da obra de Maria Leonor Costa Ramalho:
Uma excelente caracterização e descrição da
evolução geológica
e
materiais do relevo
, da
geomorfológia
, da
vegetação
e da
ocupação humana
encontra-se elaborada na base de uma “
Excursão à Arrábida
” por
Orlando Ribeira
[4]
.
Orlando Ribeira escreve quase poeticamente sobre a vegetação da Serra da Arrábida:
«Mas aqui a doçura do clima deixa que os arbustos tomem o porte das árvores, elevando-se a 6 e 8 metros de altura. Os troncos de alguns adernos atingem meio metro de diâmetro e os medronheiros tomam formas gigantescas. O maciço vegetal é impenetrável: as copas tocam-se, os troncos entrelaçam-se, os arbustos prendem-se uns nos outros, as trepadeiras e silvas enleiam-se, de tal forma que há plantas mortas e desenraizadas, com o tronco a apodrecer, que se conservam de pé por não terem espaço para onde cair. Reina um silêncio profundo e uma luz amortecida. Na camada de húmus, abrigados pela sombra da folhagem, medram alguns fetos. Tudo isto evoca a ideia de floresta virgem, sob clima mais rico de calor e humidade em outras zonas ou em épocas mais remotas da história do globo.» (O. RIBEIRO, 1935).
E ainda se encontra na net pela mesma autora que publicou “
A Geologia no Ensino Secundário: a utilização dos princípios fundamentais de Estratigrafia
”,
Maria Leonor Costa Ramalho,
uma publicação sobre: “
Aspectos Geológicos e Morfológicos da Serra da Arrábida
”.
[5]
Flora e Vegetação
Polunin & Smythies
escrevem sobre a região:
The Serra da Arrabida is an isolated outcrop of limestone - a rounded whale-back of a mountain about 55 km long, running parallel to the coast and falling in steep scrub-covered cliffs to the sea. Inland to the north are fine views across the low alluvial lands , around the estuary of the Tagus, to the granite outcrops of the Serra da Sintra beyond . The heights of Arrabida rise to no more than 500 m and are eroded and weathered into pitted, fluted, and flaked rocks, with pockets of red terra rossa soil between: the terrain known in Spain as the campos de lanar, To the west the range falls away gradually to the high cliffs of Cabo de Espichel, a remote western promontory with windmills and small white houses tucked into the folds of the landscape, and with the wide horizon or the Atlantic stretching away on every side. Marble quarries, donkey carts, and small stone-walled fields of beans and corn, and the ruined monastery of Nossa Senhora do Cabo complete the picture. A good road from the port of Setubal crosses the seaward flank of the Serra da Arrabida and in places runs along the crest of the mountain itself, making access to the interesting flora easy. The terrain is characteristically covered by a garigue, the
carrascais
, dominated by the spiny-leaved Kermes oak, together with many typical Mediterranean shrubs such as:
Juniperus phoenicea
Genista tournefortii
Astragalus lusitanicus
Coronilla valentina subsp. glauca
Pistacia lentiscus
Phillyrea angustifolia
Daphne gnidium
Cistus albidus
|
C. monspeliensis
C. salvifolius
Arbutus unedo
Jasminum fruticans
Lonicera implexa
Rosmarinus officinalis
Lavandula multifida
Phlomis purpurea
|
More interesting are the many herbaceous plants which grow under the protection of this scrub and in the numerous rock crevices. The following are in flower towards the end of March :
Anemone palmata
Lobularia maritima
Saxifraga granulosa
Anagallis monelli
Omphalodes linifolia
Valeriana tuberosa
Allium roseum
Fritillaria lusitanica
subsp.
stenophylla
Tulipa australis
|
Ranunculus paludosus
Scilla monophyllos
Ornithogalum concinnum
Narcissus obesus
Ophrys lutea
O. speculum
O. fusca
Orchis italica
O. morio
O. papilionacea
|
In sheltered valleys on the se award slopes, and in particular where the road goes down to the little village of Portinho da Arrabida, there are dense forests of
Quercus faginea
the dominant tree, under the shade of which grow the Spanish bluebell
Endymion hispanicus
, as well as the coral-pink
Paeonia brotero
i. while through the thickets scrambles the climbing
Antirrhinum majus
subsp.
Iinkianum
, which with its prehensile lateral shoots can cl mb 2 m or more up through the scrub to the light . Other noteworthy species are:
Matthiola fruticulosa
Cistus populifolius
Erica arborea
Convolvulus althaeoides
|
Echium tuberculatum
Asphodelus morisianus
Gladiolus illyricus
Arisarum vulgare
|
Luisier
[6]
records over 1,000 species in the Serra da Arrabida and the surrounding lowlands; there is much of interest to be searched for. The Pinhal d'Aroeira, which lies on the south flank of the Tagus estuary, though not more than 20 km away, has an entirely different, acid-loving flora. In the recent deposits of loose sand, the Maritime pine ha s been extensively planted, and below the trees has developed a more or less closed shrub layer of
Halimium alyssoides
and
Halimium commutatum
with
Ulex parviflorus
subsp.
jussiaea
. Other distinctive shrubs are:
Corema album
Daphne gnidium
Lithospermum diffusum
|
Lavandula stoechas
subsp
. lusitanica
Erica umbellata
Juniperus oxycedrus
|
Undoubtedly the most attractive plant is the bulbous
Leucojum trichophyllum
with pendulous white or flushed-pink bells, often growing in company with the delicate blue-flowered
Scilla monophyllos
. The scarlet and orange parasite
Cytinus hypocistis
grows under many of the bushes of
Halimium alyssoides
, bursting unexpectedly through the fine, loose sand.
Na altura, quando o “
Polunin & Smythies
” foi escrito, ainda era desconhecido que existe entre Cabo Espichel e Sesimbra, nas falésias maritimas da serra da Arrábida, uma espécie estritamente endémica de eufórbias, a
Euphorbia pedroi
, que foi descrita apenas em 1997.
Euphorbia pedroi
[7]
Esta espécie tem possivelmente afinidades com outras espécies de eufórbias da Macaronesia. À história interessante da descoberta desta espécie podemos seguir no blogue “
Dias com árvore
” de Paul V. Araújo e Maria P. Carvalho:
A
Euphorbia pedroi
, que só há treze anos foi oficialmente baptizada, é um dos símbolos maiores do Parque Natural da Arrábida. Com um tronco atarracado e cinzento, e uma copa arredondada que faz lembrar a de uma árvore em miniatura, é um arbusto que pode atingir os dois metros de altura e que, no Verão, se despe da sua folhagem semi-carnuda. Vive nas escarpas, sobre solo esquelético ou em fissuras de rochas. Dela se conhecem quatro populações entre a Arrábida e o Cabo Espichel. Não existe em mais lugar nenhum do mundo.
A proximidade morfológica entre a
Euphorbia pedroi
e outras espécies como a
E. dendroides
, ausente de Portugal mas de ampla distribuição mediterrânica, explicará como ela pôde permaner tantos anos incógnita. Durante longo tempo terá prevalecido a opinião de que a eufórbia da Arrábida seria a
E. obtusifolia
, espécie que hoje em dia (sob o nome
E. regis-jubae
) se julga estar confinada a Marrocos e às ilhas Canárias. Além da
E. pedroi
, as únicas outras eufórbias arbustivas espontâneas em território português são as madeirenses
E. piscatoria
e
E. anachoreta
.
Foi o engenheiro agrónomo José Gomes Pedro - nascido em 1915, um dos maiores estudiosos da flora arrabidense,
galardoado em 2006 com o Prémio Quercus
e autor do livro
Vegetação e Flora da Arrábida
(ICN, 1991) - quem primeiro reconheceu que a eufórbia que hoje leva o seu nome era afinal um caso à parte. Mas só em 1997, com a publicação nos Anales del Jardin Botánico de Madrid, é que a descoberta foi oficializada pelos botânicos espanhóis Julián Molero e A. M. Rovira.
Mais tarde, em 2003, Jorge Capelo
[8]
, caracterizou a associação sintaxonómica
Convolvulo fernandesii - Euphorbietum pedroi
em que esta espécie está inserida, junto com um outro endemismo da Serra da Arrábida,
Convolulus fernandesii
:
XXXVI: Syntaxonomical disposal of the
Euphorbia pedroi
Molero & Rovira communities, a syn-endemism of Serra da Arrábida (Portugal) sea-cliffs –
Convolvulo fernandesii - Euphorbietum pedroi
ass. nova
In the Serra da Arrábida, in dry rocky slopes facing the sea, occurs an endemic tree-spurge:
Euphorbia pedroi
Molero & Rovira [Sect.
Dendroides
].
E. dendroides
dominates a xero-thermophillous permanent phytocoenosis in hyper - oceanic, topographically xeric, thermomediterranean biotopes, along with more common elements of the
Asparago - Rhamnion
alliance. This community was formerly identified by PEDRO (1991) as a distinct type of scrub in the context of Arrabida vegetation.
E. pedroi
is usually taken as a paleomediterranean tethyan element of the
Rand flora
with "macaronesian" affinities. Nevertheless, the vicariance status of this vegetation is yet to be set. Alternatively,
E. pedroi
could be a xeric boreo-tropical paleo-endemism of late tertiary origin, segregated from the same ancestral group of
Euphorbia dendroides
L. Another endemic element specific to this phytocoenosis is
Convolvolus fernandesii
. Taxonomical affinities of the later with the "macaronesian" representatives of this genus is suggestive of vicariance among them:
Convolvulus fernandesii
[Arrábida],
C. canariensis
[Canary Islands],
C. massoni
[Madeira] (TAKTAHJAN, 1986).
If the reasoning is extended to
E. pedroi
, then it could instead be a neo-endemism.
1 -
Convolvulo fernandesii - Euphorbietum pedroi
Pedro ex Capelo associatio nova hoc loco
[= "Um tipo distinto de matagal é (…) o matagal aberto de tabaiba –
Euphorbia obtusifolia
ssp.
regis-jubae
(…)": PEDRO, J.G. (1991) Veg. Fl. Arrábida: 114].
Typus: Pinheirinho, acima da Cova da Mijona, Serra da Arrábida, 11/5/1999, J. Capelo; sobre cambissolos crómicos, pouco profundos derivados de calcários dolomíticos; 40 m2: caracteristics: 3
Euphorbia pedroi
, 1
Convolvolus fernandesii
, 2
Olea europaea
var.
sylvestris
, 1
Pistacia lentiscus
, 1 J
uniperus turbinata
subsp.
turbinata
, +
Rhamnus oleoides
subsp.
oleoides
, 1
Phillyrea angustifolia
; companions: 2
Rosmarinus officinalis
, +
Arisarum clusii
, 1
Cistus monspeliensis
, +
Cistus albidus
, +
Erophaca baetica
, +
Cistus ladanifer
, +
Thymus mastichina
, +
Crambe hispanica
, +
Helianthemum apeninum
subsp.
stoechadifolium
, +
Fumana thymifolia
, +
Brachypodium retusum
+
Hyparrhenia sinaica
.
[Syntaxonomy:
Asparago albi-Rhamnion oleoidis
,
Pistacio lentisci-Rhaamnetalia alaterni
, QUERCETEA ILICIS].
Convolvulus fernandesii
[9]
Bioclimaticamente o
Superdistrito Arrabidense
(4B3 na Carta Biogeográfica) pertence ao
Sector Ribatagano-Sadense
da
Província Gaditano-Onubo-Algarviense
,
descrito por
Costa et al. (1998)
[10]
na “
Biogeografia de Portugal
”:
O
Superdistrito Arrabidense
é uma "ilha" calcária constituída pala Serra de Arrábida (502 m) maioritariamente exposta a sul e situada no andar termomediterrânico. A maioria dos seus endemismos são comuns com os do Divisório Português. Contudo
Convolvulus fernandesii
e
Euphorbia pedroi
são espécies endémicas desta unidade biogeográfica.
Acer monspessulanum
,
Arabis sadina
,
Bartsia aspera
,
Cistus albidus
,
Fagonia cretica
,
Fumana laevipes
,
Helianthemum marifolium
,
Lavandula multifida
,
Narcissus calcicola
,
Osyris quadripartita
,
Phlomis purpurea
,
Quercus faginea
subsp.
broteroi
,
Santolina rosmarinifolia
,
Sideritis hirsuta
var.
hirtula
,
Stipa offneri
,
Teucrium haenseleri
,
Thymus zygis
subsp.
sylvestris
,
Ulex densus
,
Withania frutescens
são espécies que se encontra aqui representadas permitindo circunscrever este território em termos florísticos. As comunidades dominantes são os carrascais arbóreos endémicos e a série florestal a ele associada:
Viburno tini-Quercetum cocciferae
— >
Querco cocciferae-Juniperetum turbinatae
— >
Phlomido purpureo-Cistetum albidi
— >
Salvio sclareoidis-Ulicetum densi thymetosum sylvestris
— >
Iberido microcarpi-Stipetum offneri
. O
Querco cocciferae-Juniperetum turbinatae
é também normalmente a comunidade edafoxerófila das arribas marítimas e encostas abruptas. Junto ao mar, encontra-se acompanhada do
Helianthemo-Limonietum virgatae
. O
Arisaro-Quercetum broteroi
também ocorre em locais onde haja compensação hídrica, bem como o
Viburno tini-Oleetum sylvestris
em vertisolos e o
Lonicero implexae-Quercetum rotundifoliae
em situação edafo-xerófila.
A vegetação potencial da Serra da Arrábida segundo
Bohn et. al (2002)
[13]
é o
J29
(West Lusitanian thermo-Mediterranean basiphilous kermes oak forests (
Quercus coccifera
) with
Viburnum tinus
,
Phillyrea latifolia
,
Bupleurum fruticosum
,
Serratula baetica
subsp.
lusitanica
,
Ulex densus
)
[14]
:
J -
Mediterranean sclerophyllous forests and scrub
1 -
Meso- and supra-Mediterranean as well as relict sclerophyllous forests (
Quercus ilex, Q. ilex
subsp.
rotundifolia, Q. coccifera, Q. suber, Pistacia lentiscus
)
1.4 -
Kermes oak forests and scrub (
Quercus coccifera
)
J29 -
West Lusitanian thermo-Mediterranean basiphilous kermes oak forests (
Quercus coccifera
) with
Viburnum tinus, Phillyrea latifolia, Bupleurum fruticosum, Serratula baetica
subsp.
lusitanica, Ulex densus.
A seguir ainda os links para cinco amostragens da flora regional: da Flora da Serra da Arrábida, do Pinhal de Aroeira e do Estuário do Rio Sado - à partir da
Flora-ON
:
Veja à seguir : O Pinhal de Leiria e Beira Litoral (12(a))
[2]
Boletim da Sociedade Broteriana.. — XIX, 1902.—Géographie botanique du Portugal, J . Daveau.—
Apontamentos sobre a flora da regiâo de Setubal, Luisier (Alphonse).—Catalogo das plantas vasculares
dos arredores de Setubal e da serra d' Arrabida, Id.—Appendice. Lista das plantas colhidas por Tournefort
em Setubal e na serra d' Arrabida, Id.—Nota acerca de um Anagallisáe Mathosinhos, Mariz(B.el J . de). —Florae Mycologicas Lusitanicae contributio duodécima, Saccardo (P. A.)
[3]
Maria Leonor Costa Ramalho: “
A Geologia no Ensino Scundário: a utilização dos princípios fundamentais de Estratigrafia
” , Lisboa 2007.
[5]
Maria Leonor Costa Ramalho
: “
Aspectos Geológicos e Morfológicos da Serra da Arrábida
”. XXIX Curso de Actualização de Professores em Geociências. Centro Interdisciplinar de Estudos Educacionais
Escola Superior de Educação de Lisboa
[6]
Boletim da Sociedade Broteriana.. — XIX, 1902.—Géographie botanique du Portugal, J . Daveau. —
Apontamentos sobre a flora da regiâo de Setubal, Luisier (Alphonse). — Catalogo das plantas vasculares
dos arredores de Setubal e da serra d' Arrabida, Id.—Appendice. Lista das plantas colhidas por Tournefort
em Setubal e na serra d' Arrabida, Id.— Nota acerca de um Anagallisáe Mathosinhos, Mariz(B.el J . de). — Florae Mycologicas Lusitanicae contributio duodécima, Saccardo (P. A.)
[10]
COSTA, J.C., AGUIAR, C., CAPELO, J.H., LOUSÃ, M., NETO, C., 1998.
Biogeografia de Portugal Continental
. Quercetea 0. Lisboa, Portugal, 55pp.
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