Blog da Associação Trilhos d'Esplendor.

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"Polunin - Flowers of South-West Europe - revisited" (Vol. I - Introdução - 371 pp.) (-> Polunin - Flowers of South-West Europe - revisited" -> View & Download (Vol. II - Portugal - 1559 pp.) -> View & Download

(contains Web links to Flora-On for observed plant species, Web links to high resolution Google satellite-maps (JPG) of plant-hunting regions from the Iberian peninsula; illustrated text in Portuguese language)



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Flora da Serra da Boa Viagem - Folha de Cálculo - > 500 Taxa - > 5000 Fotografias, Scans e Chaves

Polunin - Flowers of South-West Europe - revisited - última compilação

Polunin - Flowers of South-West Europe - revisited (Volume I - Portugal) Download PDFs (>300MB)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

2.13.2g4 - Anexo 4 - Introdução à Biogeografia




“Flowers of South-West Europe - a field guide” - de Oleg Polunin e B.E. Smythies


“Revisitas” de regiões  esquecidas no tempo - “Plant Hunting Regions” - a partir de uma obra de grande valor para o especialista e amador de botânica como da Natureza em geral.



Por
Horst Engels, Cecilia Sousa, Luísa Diniz, Nicole Engels, José Saraiva, Victor Rito
da
Associação “Trilhos d’Esplendor”



2.13 The Northern Serras of Portugal



2.13 As Serras do Norte de Portugal
2.13.2 Serra da Estrela
      1. Geografia, Clima, Geologia, Geomorfologia e Solos
      2. Bioclima, Biogeografia, Vegetação actual e potential
      3. Zona de Baixa Altitude (meso-temperada e meso-medetirrânica)
      1. Zona de Média Altitude (supra temperada e supra-mediterrânica)
      2. Zona de Alta Altitude (oro-temperada)
      1. Geomorfologia
      2. Refugios e Endemismos
        1. Filogeografía ibérica - “refugios dentro de refugios”
          1. O que é “Filogeografia”?
          2. A flora pleistocénica
            1. Fagus e outros caducifólios
          3. A fauna pleistocénica
            1. A topeira aquática (Galemys pyrenaicus)
    1. “Cultural Landscapes of Europe” - Serra da Estrela, uma paisagem tradicional
      1. Mudança climática e sucessão vegetational no Holocénico
      2. Acção antropogénica e degradação florestal no Holocénico
      3. Um modelo para a gestão da Serra da Estrela
    2. A Fauna da Serra da Estrela
      1. Observação de Aves na Serra da Estrela
    3. Anexos
      1. O Sítio Estrela
      2. Lista dos Habitats
      3. Introdução à Bioclimática
      4. Introdução à Biogeografia
      5. Introdução à Fitossociologia
      6. Introdução à Filogeografia
        1. Slideshow (Universidade do Porto)
        2. Avise (2009) phylogeography: Retrospect and prospect
        3. Bloomquist et. al. (2010): routes to phylogeographic inference
        4. Statistical phylogeography
          1. Population Structures - F-Statistics
          2. The “structured coalescent” - Conceptual Models e DAGs
          3. MCMC - Markov chain Monte Carlo method
          4. NCPA - Nested Clade Phylogenetic Analysis
          5. Methods for constructing evolutionary networks from infraspecific DNA.
Folha de Cálculo: Flora da Serra da Estrela
(Lista provisória de plantas vasculares e não-vasculares)
Bases de Dados:
Mapas das Serras do Norte de Portugal:
Cursos:


2.13.2 Serra da Estrela (Anexos)






Anexo IV - Conceitos de Biogeografia (From: Costa et. al., 1998)


.:: Conceitos Fundamentais de Biogeografia



O texto apresentado nesta página é um extracto de:

COSTA, J. C , C. AGUIAR, J. H. CAPELO, M. LOUSÃ & C. NETO (1998). Biogeografia de Portugal Continental. Quercetea 0: 5-56
*


A Biogeografia é um ramo da Geografia que tem por objecto a distribuição dos seres vivos na Terra. A Fitogeografia restringe o seu domínio às plantas. A Biogeografia é uma ciência que relaciona o meio físico com o biológico, servindo-se da informação gerada por ciências afins como a Corologia vegetal, a Geologia, a Bioclimatologia e a Fitossociologia. O estabelecimento de um modelo tipológico hierárquico do território (sistemas de eco-regiões), com expressão espacial, é um dos objectivos da Biogeografia. Devido ao seu carácter fixo e ao facto de representarem a maior parte da biomassa terrestre, uma parte significativa das tipologias biogeográficas baseia-se na análise da distribuição actual e/ou pretérita de diferentes táxones vegetais indígenas, usualmente de plantas superiores, e da distribuição espacial, a diferentes escalas, das respectivas comunidades. Neste sentido, tende a dar-se à Biogeografia uma conotação estreita com a Fitogeografia. Na abordagem Geobotânica da Fitogeografia, sobretudo entre os fitossociólogos da Europa continental, e consoante a metodologia seguida neste trabalho, os sintaxa, sigmasintaxa e geosigmasintaxa são determinantes na construção das tipologias biogeográficas.


As categorias, divisões ou hierarquias principais da Biogeografia são: o Reino, a Região, a Província, o Sector, o Distrito, o Mosaico Tesselar e a Tessela. Se necessário, é possível subdividir (Subdistrito, Subsector, Subprovíncia, etc.) ou agrupar (Superdistrito, Superprovíncia, etc.) algumas destas unidades. Estas categorias são espaços geográficos de superfície contínua - à excepção da Tessela - que incluem todos os acidentes orográficos e variações litológicas que podem surgir na sua área. Tais territórios têm sempre uma flora (elemento florístico), vegetação, litologia, geomorfologia, solos e paleo-história particulares.


A categoria biogeográfica elementar ou de menor divisão é a Tessela: trata-se de um território de maior ou menor extensão ecologicamente homogéneo, isto é, que possui um único tipo de vegetação potencial e uma só sequência de comunidades vegetais de substituição. A Tessela é a única unidade biogeográfica que se pode repetir de modo descontínuo: é a expressão territorial da série de vegetação (fig. 1 e fig. 2).

.

.
Fig. 1




Fig. 2




O Mosaico Tesselar é um conjunto de Tesselas afins no mesmo domínio climácico, mas com uma vegetação distinta relacionada com variações de um mesmo factor ecológico. Na sua definição clássica, o Distrito é um território onde existem Mosaicos Tesselares singulares relacionados com condições edáficas particulares e uma paisagem vegetal particular, frequentemente associada a uma utilização tradicional do solo pelo Homem, em função da sua fertilidade. O Distrito não possui normalmente um clímax particular, todavia podemos aí encontrar alguns restos de vegetação relíquia especializados que lhe pertencem (comunidades características) ou que estejam em limite geográfico i.e. finícolas (comunidades diferenciais). Os limites do Distrito são portanto fisiográficos, edáficos e/ou paisagísticos. Actualmente, caso os territórios a isso sejam propícios, há a tendência de associar uma geossérie (fig. 3) característica a cada Distrito. É então ao nível do Distrito que a Fitossociologia paisagista se acopla à Biogeografia.




Fig. 3


O Sector possui um cortejo florístico específico (característico ou diferencial) e eventualmente espécies endémicas. Tem ainda catenas e andares de vegetação com organização particular. Possui elementos que lhe são próprios e por vezes mesmo domínios climácicos especiais.
A Província tem sempre elementos florísticos endémicos próprios, catenas e andares de vegetação particulares com elementos endémicos. Existem nela obrigatoriamente domínios climácicos únicos. A Região possui um elemento florístico endémico importante, catenas e andares de vegetação originais com territórios climácicos próprios.
A Região possui um bioclima e tipos de solos particulares. Em alguns Sectores e Províncias, especialmente nas áreas de relevo acidentado, podem ser encontradas ilhotas de vegetação relíquia pertencentes a outra Região não muito afastada. Estas ilhotas de agrupamentos relíquia normalmente subsistem graças a condições topográficas especiais.


A maioria dos autores considera seis Reinos nas terras emersas: Holártico, Paleotropical, Neotropical, Capense, Australiano e Antárctico. Cada um destes territórios tem uma flora e fauna distintas com táxones de categoria superior endémicos. Esta diversificação biogeográfica não é só explicada pelas condições ambientais actuais de cada um deles mas também pelas diferentes convulsões ao longo da história geológica do nosso planeta, pela deriva dos continentes, pelo isolamento geográfico, paleoclimatologia, etc. Os Reinos apresentam uma elevada diferenciação florística, inclusivamente ao nível de família. O Reino Holártico, no qual estamos situados, engloba a Europa, norte de África, parte da Ásia e a América do Norte. Apesar da recente separação entre a Eurásia e a América do Norte existe entre eles uma diferenciação florística notável pelo menos ao nível específico.


….
 
(A substituição espacial e temporal das comunidades vegetais naturais numa tessela é denominada sucessão ecológica, que inicia, geralmente, sobre terra virgem, abarca várias etapas intermédias e termina numa comunidade madura (evolução progressiva) ou no sentido inverso (regressiva).
A série de vegetação (conjunto de comunidades iniciais, intermédias e maduras) de um território geográfico e ecologicamente homogéneo, tem uma associação (cabeça de série) que representa a vegetação potencial natural (ou clímax) e integra as etapas de substituição arbustivas e herbáceas, constituindo a unidade da Sinfitossociologia (sigmetum ou sigmassociação).


Distingue-se dois tipos de séries:
a) Séries climatófilas: Dependem do clima e traduzem a potencialidade
do território.
b) Séries edafófilas: Estão, normalmente, relacionadas com o solo e a
topografia do terreno onde ocorrem.


Subdividem-se em:
- Edafoxerófilas, que se encontram em zonas secas (encostas muito
inclinadas onde a ocorrência superficial é bastante elevada).
- Edafo-higrófilas, associadas a depressões e margens dos cursos de
água (teor de humidade edáfica superior à média do território).
A etapa madura (cabeça de série) de uma série climatófila é um clímax climatófilo e na série edafófila, uma comunidade permanente.)















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